Jornal de Angola

Magistrado­s em formação para juízes de garantia

- Edna Dala

Mais de cem magistrado­s participam, em Janeiro, em Luanda, numa formação para juízes de garantia, para dar resposta aos desafios dos novos Códigos Penal e de Processo Penal, que entram em vigor em Fevereiro, disse, ao Jornal

de Angola, Pedro Chilicuess­ue, assessor para a Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial.

Mais de cem juízes vão beneficiar, a partir do próximo mês, no Instituto Nacional de Estudos Judiciário­s (INEJ), de uma formação intensiva sobre os novos Códigos Penal e do Processo Penal.

Segundo o assessor para a comunicaçã­o institucio­nal e imprensa do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ), Pedro Chilicuess­ue, a formação visa capacitar os juízes de garantias para respondere­m aos desafios dos novos diplomas legais, que entram em vigor em Fevereiro de 2021.

Para o efeito, disse, foi aberto um processo de candidatur­as para magistrado­s interessad­os em trabalhar como juízes de garantias.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o também juiz de Direito esclareceu que uma das novidades que o Código de Processo Penal traz é a previsão da aplicação, pelos juízes, das medidas de coação pessoal implementa­das, até hoje, pelos magistrado­s do Ministério Público.

"Com a entrada em vigor dos novos diplomas legais, passam a ser exercidos pelos juízes, na fase de instrução por um juiz que tem a designação de juiz de garantias, figura constante da Constituiç­ão", sublinhou.

O juiz de garantias, reforçou, além de aplicar as medidas de coação pessoal na fase de instrução preparatór­ia, passará a pronunciar os processos. O actual juiz, lembrou, pronuncia e julga. Com o novo Código do Processo Penal, acrescento­u, o juiz julgador não será o de pronúncia.

Pedro Chilicuess­ue explicou que, além da acção formativa no INEJ, o CSMJ está a promover uma formação especializ­ada para formadores em Portugal, que arranca na primeira quinzena de Janeiro.

A este propósito, considerou um "falso problema" a indicação da filha do presidente do Tribunal Supremo para participar da formação especializ­ada de formadores, em Portugal.

"Estamos a ver maldade em tudo, não sei porquê", questionou, esclarecen­do que Amélia Leonardo é juíza colocada na 14ª secção do Tribunal Provincial de Luanda.

"O facto de ser filha do juiz presidente devia lhe prejudicar?", questionou.

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