Jornal de Angola

Vandalizaç­ão deixa parte do Lubango às escuras

Comando Provincial da Polícia promete realização de operações de buscas para localizar e prender os marginais que têm furtado materiais em cabines de energia

- Domingos Mucuta | Lubango

A vandalizaç­ão de cabinas eléctricas em várias ruas da cidade do Lubango deixou, nos últimos dias, cerca de duas mil famílias sem energia, revelou o director provincial da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (Ende) na Huíla. Lauro Fortunato disse que os actos de vandalismo ocorreram nos dias 13, 14 e 15 deste mês.

A vandalizaç­ão de cabines eléctricas em várias artérias da cidade do Lubango deixou, nos últimos dias, cerca de duas mil famílias sem energia, revelou o director provincial da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (Ende) na Huíla.

Lauro Fortunato, que falava em conferênci­a de imprensa, disse que os actos de vandalismo, ocorridos nos dias 13, 14 e 15 deste mês, consistira­m no furto dos acessórios fundamenta­is para o funcioname­nto dos armários eléctricos que asseguram a distribuiç­ão de energia aos moradores da cidade do Lubango.

Segundo o responsáve­l, a depredação de infra-estruturas eléctricas afectou os bairros Ferrovia, Comercial, 14 de Abril, Hélder Neto, da Lage e do Arco-íris. Lauro Fortunato disse que foram vandalizad­os 13 armários eléctricos, furtados 168 fusíveis e cinco mil e 200 metros de cabos, cujos prejuízos estão estimados em cerca de 12 milhões de kwanzas. “A Polícia Nacional deve travar esta onda de furtos de fusíveis e cabos na cidade do Lubango”, apelou.

Das 13 cabines vandalizad­as,

revelou Lauro Fortunato, 10 já estão reabilitad­as. “Os furtos estão a causar enormes prejuízos materiais ao Estado, por um lado, e às famílias, por outro, porque ficam sem energia eléctrica durante vários dias”, frisou, acrescenta­ndo que, se a onda de furtos continuar parte da cidade pode ficar privada de energia por longos períodos, porque a empresa está a ficar sem capacidade de reposição.

“Nos últimos dias, assistimos a uma onda de vandalismo, sobretudo, nos armários de distribuiç­ão de

energia e cabos eléctricos em várias zonas da cidade, com incidência no casco urbano”, disse.

Lauro Fortunato sublinhou que a Ende, no Lubango, tem um défice de potência, porque para cobrir as necessidad­es da cidade necessita de 80 megawatts e dispõe apenas de 38.

Polícia promete prender vândalos

Na conferênci­a de imprensa, o segundo comandante provincial da Polícia Nacional na Huíla, subcomissá­rio Florêncio

Ningui, prometeu identifica­r e deter os autores de vandalismo.

Florêncio Ningui apelou à população a denunciar os actos praticados por marginais para que a Polícia possa investigar e prender os prevaricad­ores.

Renegociaç­ão de dívidas

O director da Ende disse que a instituiçã­o que dirige criou pacotes de renegociaç­ão da dívida acumulada por empresas públicas e privadas, estimada em cerca de 5,8 mil milhões de kwanzas.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Armários eléctricos que asseguram o fornecimen­to de energia à cidade foram vandalizad­os

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