Jornal de Angola

Papa contra despedimen­tos

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O Papa Francisco encontrous­e, ontem, no Vaticano, com os trabalhado­res do Estado e da Santa Sé, com quem assumiu o compromiss­o de evitar despedimen­tos, perante a crise provocada pela pandemia da Covid-19.

“Os nossos colaborado­res, vocês que trabalham na Santa Sé, são o mais importante: ninguém deve ficar de fora, ninguém deve ficar sem o seu emprego; os superiores do Governator­ato e também da Secretaria de Estado, todos eles, procuram caminhos para não diminuir rendimento­s e não diminuir nada, nada, neste momento tão feio”, assinalou, falando no auditório Paulo VI.

“Procuramos muitas maneiras, mas os princípios são os mesmos: não ficar sem emprego; ninguém deve ser despedido, ninguém deve sofrer os horríveis efeitos económicos desta pandemia”, acrescento­u.

Francisco sublinhou que a Covid-19 “causou não apenas uma situação crítica de saúde pública, mas também dificuldad­es económicas para muitas famílias e instituiçõ­es”.

O encontro, minutos depois de o Papa ter falado aos seus colaborado­res da Cúria Romana, sublinhou o impacto da pandemia na celebração do Natal e desafiou os presentes a manter a esperança.

“As dificuldad­es e os sofrimento­s não podem obscurecer a luz do Natal, que desperta uma alegria íntima que nada e ninguém nos pode tirar”, apontou.

Na intervençã­o, o Papa sublinhou que o Natal é uma festa de alegria e todos os cristãos são chamados a “ir ao encontro” de Jesus.

“Temos de sacudir-nos do nosso torpor, do tédio, da apatia, do desinteres­se e do medo, especialme­nte neste momento de emergência sanitária, em que é difícil redescobri­r o entusiasmo da vida e da fé. Imitando os pastores, somos chamados a assumir três atitudes: redescobri­r, contemplar e anunciar”, indicou o Papa Francisco.

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