Angola disputa mundial sem jogos de controlo
A Selecção Nacional sénior masculina de andebol vai disputar o Campeonato do Mundo, a decorrer no Egipto, de 13 a 31 do próximo mês, sem realizar jogos de controlo por inerência de situação pandémica da Covid-19 que grassa a humanidade. A informação ficou vincada, ontem, em conferência de imprensa promovida pela Federação.
O seleccionador nacional, José Pereira “Kidó”, assegurou que a equipa angolana desembarca no palco da competição no dia 10 de Janeiro de 2021, três dias antes da abertura do evento mundial. O curto período “não permite a realização de jogos amistosos inter-selecções”. Por outro lado, a chegada tardia do “sete nacional” resulta “do aumento de casos positivos na Europa, que contribui para mais restrições”.
A decisão da Federação Angolana de Andebol invalida a pretensão de desembarcar 10 dias antes da cerimónia de abertura. Para José Pereira “Kidó”, “ir a uma competição mundial sem a realização de jogos de controlo é extremamente difícil”.
Diante do constrangimento, a equipa técnica determinou 10 a 20 minutos no final de cada sessão de treinos, no pavilhão multiusos Nossa Senhora do Monte, a realização de jogos de controlo entre os atletas.
“Fizemos os jogos para que os nossos atletas busquem a melhor forma física e atinjam performances competitivas. Nos treinos tácticos, tentamos aproximar sempre naquilo que vamos encontrar nos jogos como a intensidade”, disse.
Kidó garantiu que trabalha na montagem de uma “defesa proactiva e antecipativa” para embaralhar os ataques dos adversários por não dispor de atletas com dois metros de altura.
“Nos dias de hoje, o andebol está cada vez mais rápido e com elevada intensidade, pois o objectivo é defender bem e partir organizado para o contra-ataque. Não podemos defender na linha de seis metros, porque as selecções de Qatar e da Croácia têm atletas acima de 1,90 metros de altura. Se tivéssemos a mesma média, montava um sistema de defesa diferente”, justificou.