Mais de cinquenta profissionais recuperaram da Covid-19
Um total de 52 técnicos da Maternidade Irene Neto, na cidade do Lubango, província da Huíla, que testou positivo à Covid-19, já recuperou da pandemia, disse, ontem, a directora-geral da instituição.
Irina Jacinto, que falava à margem da cerimónia de entrega de kits para bebés, nascidos no âmbito da campanha “Nascer livre para brilhar”, disse que os profissionais, entre médicos e enfermeiros, estão recuperados e já exercem as suas actividades sem restrições.
Garantiu que foram feitos vários testes para confirmar o resultado negativo de Covid19. “Tivemos 52 profissionais com Covid-19. Eram assintomáticos e cumpriram o isolamento em casa. Depois de vários testes, os resultados deram negativo e já começaram a trabalhar”, disse.
A responsável reconheceu que 2020 foi um ano atípico, mas, apesar disso, as doenças permanecem as mesmas. “Durante todo o ano, criámos as condições de biossegurança para que o nosso trabalho não ficasse comprometido. Procurámos garantir biossegurança não só para os nossos utentes, mas também para os profissionais”, indicou.
Segundo Irina Jacinto, para o cumprimento das medidas de biossegurança, logo à entrada da Maternidade, foi instalada uma cabina de desinfecção. Salientou que os técnicos recebem material de prevenção logo à chegada, tais como batas descartáveis, máscaras cirúrgicas, álcool em gel, entre outros. Explicou que o procedimento é de cumprimento obrigatório.
Por outra, referiu, nas consultas fez-se a redução do número de utentes por causa da aglomeração. Salientou que a redução se deveu, também, ao facto de os meios de biossegurança e recursos serem poucos.
“Para o cumprimento das medidas determinadas, tivemos que fazer uma gestão adequada, no sentido de prestar serviço e conseguir garantir que os meios de biossegurança chegassem para todos. O esforço continua”, pontualizou.
Mortalidade materno-infantil
Para garantir a redução da mortalidade materno-infantil, defendeu, é imperioso melhorar o acesso às consultas prénatais. Irina Jacinto reconheceu que tal desiderato será alcançado com o envolvimento de todos.
“De nossa parte, enquanto Maternidade, fornecemos consultas de alto risco, porque existem pacientes que, além da gravidez, têm outro tipo de doenças que precisam de ser acompanhadas e evitar que coloquem em causa o parto ou pós-parto. Temos esse compromisso”, garantiu.
A responsável anunciou que está a ser criado um mecanismo de contra referência com outros centros de saúde, onde as pacientes são identificadas como de alto risco e encaminhadas para a
Maternidade com o histórico devidamente conhecido.
“Para o próximo ano, temos muitos sonhos e planos que este ano não conseguimos concretizar por causa da Covid-19”, adiantou, salientando que a sua instituição pretende uniformizar as consultas pré-natais na província da Huíla.
O objectivo, avançou, é fazer com que a qualidade da consulta feita no Lubango seja a mesma em outros municípios.
A directora da Maternidade Irene Neto frisou que, para 2021, a perspectiva é melhorar, também, a formação dos técnicos para garantir a excelência do trabalho prestado.