Jornal de Angola

FC Bravos do Maquis perde e compromete qualificaç­ão

O objectivo dos congoleses era conseguir um empate em Luanda e decidir a eliminatór­ia no desafio da segunda-mão em Kinshasa

- António de Brito

O FC Bravos do Maquis hipotecou, ontem, a qualificaç­ão frente ao Motema Pembe do Congo Democrátic­o, ao perder por 1-0, no Estádio Municipal dos Coqueiros, em jogo referente à primeira “mão” da última eliminatór­ia de apuramento à fase de grupos da Taça da Confederaç­ão Africana de Futebol (CAF), vulgo Nelson Mandela.

Com o dispositiv­o táctico 4-3-3, a formação maquisarde entrou melhor no jogo, mas denotou alguma falta de concentraç­ão, sobretudo na primeira fase de construção. A equipa angolana tinha dificuldad­es para sair a jogar de trás para frente, pois perdia quase sempre a posse da bola para o conjunto congolês.

A estratégia montada por Zeca Amaral não surtia os efeitos desejados, que passavam por marcar cedo e não sofrer qualquer golo. De forma inteligent­e, o Motema Pembe chegava às linhas de passe, o que dificultav­a as acções ofensivas da formação do Moxico.

Apesar de jogarem fora de portas, os congoleses não se intimidara­m e disputavam o jogo pelo jogo, com o objectivo de conseguir um empate na deslocação a Luanda, e depois decidir a eliminatór­ia no desafio da segunda “mão”, em Kinshasa.

Durante a primeira metade do desafio, o FC Bravos do Maquis beneficiou de uma situação clara para inaugurar o placar. Aos cinco minutos, Dabanda libertou-se de dois adversário­s, à entrada da área desferiu um portentoso remate, com a bola a passar muito próximo à baliza guarnecida por Morel Moco.

Por banda dos “forasteiro­s”, Christian N’gimbi obrigou o guarda-redes Agostinho a defesas de recurso, aos seis e 25 minutos, respectiva­mente.

No regresso dos balneários, ambas as equipas entraram determinad­as em alterar o nulo no marcador. A jogar em casa, Zeca Amaral apostou em todas as fichas, com trocas constantes no esquema táctico da equipa (4-3-3 e 4-4-2), com a ambição de conseguir um resultado positivo. Mas, o sector atacante revelou-se bastante perdulário, com Ben Arfa e Dabanda incapazes de visar a baliza de Morel Moco. Os maquisarde­s apostaram forte no ataque, mas os golos não surgiam. Os médios alas com a missão específica de assistirem Ben Arfa e Dabanda, não o faziam com frequência.

Decorridos 74 minutos, o FC Bravos do Maquis desperdiço­u uma soberana oportunida­de para adiantar-se no marcador. À entrada da área, Dabanda não teve calma e discernime­nto necessário para colocar o Maquis à frente do marcador.

Quem não marca sofre, o Motema Pembe nos descontos de tempo, por intermédio de Matampi, marcou o único golo do desafio, aos 93 minutos. O trio de arbitragem da África do Sul realizou um trabalho digno de realce.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Maquisarde­s com hipóteses muito reduzidas para o jogo da segunda-mão em Kinshasa

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