FC Bravos do Maquis perde e compromete qualificação
O objectivo dos congoleses era conseguir um empate em Luanda e decidir a eliminatória no desafio da segunda-mão em Kinshasa
O FC Bravos do Maquis hipotecou, ontem, a qualificação frente ao Motema Pembe do Congo Democrático, ao perder por 1-0, no Estádio Municipal dos Coqueiros, em jogo referente à primeira “mão” da última eliminatória de apuramento à fase de grupos da Taça da Confederação Africana de Futebol (CAF), vulgo Nelson Mandela.
Com o dispositivo táctico 4-3-3, a formação maquisarde entrou melhor no jogo, mas denotou alguma falta de concentração, sobretudo na primeira fase de construção. A equipa angolana tinha dificuldades para sair a jogar de trás para frente, pois perdia quase sempre a posse da bola para o conjunto congolês.
A estratégia montada por Zeca Amaral não surtia os efeitos desejados, que passavam por marcar cedo e não sofrer qualquer golo. De forma inteligente, o Motema Pembe chegava às linhas de passe, o que dificultava as acções ofensivas da formação do Moxico.
Apesar de jogarem fora de portas, os congoleses não se intimidaram e disputavam o jogo pelo jogo, com o objectivo de conseguir um empate na deslocação a Luanda, e depois decidir a eliminatória no desafio da segunda “mão”, em Kinshasa.
Durante a primeira metade do desafio, o FC Bravos do Maquis beneficiou de uma situação clara para inaugurar o placar. Aos cinco minutos, Dabanda libertou-se de dois adversários, à entrada da área desferiu um portentoso remate, com a bola a passar muito próximo à baliza guarnecida por Morel Moco.
Por banda dos “forasteiros”, Christian N’gimbi obrigou o guarda-redes Agostinho a defesas de recurso, aos seis e 25 minutos, respectivamente.
No regresso dos balneários, ambas as equipas entraram determinadas em alterar o nulo no marcador. A jogar em casa, Zeca Amaral apostou em todas as fichas, com trocas constantes no esquema táctico da equipa (4-3-3 e 4-4-2), com a ambição de conseguir um resultado positivo. Mas, o sector atacante revelou-se bastante perdulário, com Ben Arfa e Dabanda incapazes de visar a baliza de Morel Moco. Os maquisardes apostaram forte no ataque, mas os golos não surgiam. Os médios alas com a missão específica de assistirem Ben Arfa e Dabanda, não o faziam com frequência.
Decorridos 74 minutos, o FC Bravos do Maquis desperdiçou uma soberana oportunidade para adiantar-se no marcador. À entrada da área, Dabanda não teve calma e discernimento necessário para colocar o Maquis à frente do marcador.
Quem não marca sofre, o Motema Pembe nos descontos de tempo, por intermédio de Matampi, marcou o único golo do desafio, aos 93 minutos. O trio de arbitragem da África do Sul realizou um trabalho digno de realce.