Beligerantes líbios trocam prisioneiros
As partes em conflito na Líbia iniciaram, sábado, a troca de prisioneiros, mediada pelas Nações Unidas, no âmbito do acordo de cessar-fogo, indicou, ontem, a ONU, citada pela agência de notícias Efe.
A troca de um primeiro grupo de prisioneiros, supervisionada por um Comité Militar Conjunto, ocorreu na aldeia de al-Shwayrif, no Sudoeste do país, segundo a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL na sigla em inglês).
A Líbia está dividida entre o Governo de Acordo Nacional (GAN), apoiado pela ONUna capital, Tripoli, e as autoridades rivais com base no Leste do país. Cada um dos lados conta com a ajuda de milícias locais, bem como de potências militares regionais e internacionais.
O país rico em petróleo mergulhou no caos após a morte de Muammar Kadhafi. Em Abril de 2019, o marechal Khalifa Haftar, "homem forte" do Leste, lançou uma ofensiva militar para tentar ocupar Tripoli, campanha que fracassou após a Turquia começar a apoiar militarmente o GAN. Os dois lados assinaram em Outubro um cessar-fogo, patrocinado pela ONU, que previa a troca de todos os prisioneiros.
A UNSMIL não indicou quantos prisioneiros já foram libertados por cada uma das partes, mas apelou aos dois campos para acelerarem a aplicação do acordo alcançado, incluindo a troca de prisioneiros.
O acordo de cessar-fogo também dava três meses para a saída da Líbia das forças estrangeiras e mercenários, mas dois meses depois da sua assinatura ainda não foi anunciado qualquer progresso sobre o assunto.
Em sentido contrário, o Parlamento turco aprovou o prolongamento por 18 meses da autorização de destacamento de militares para a Líbia. Ontem, o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, chegou à Líbia, com responsáveis do Exército, para se encontrar com os aliados e visitar as unidades militares turcas presentes no país, anunciou o Governo turco.