Jornal de Angola

Prodígio partilha palco com Monsta e Ayalasa

- Analtino Santos

O rapper Prodígio apresentou-se na tarde de domingo, na TV Zimbo e nas plataforma­s digitais, no especial “Um Pouco de Mim”, partilhand­o o palco com Monsta e Ayalasa.

O jovem artista e um dos fenómenos de popularida­de do rapper nacional desfilou sucessos e partilhou fragmentos da sua vida, mostrando um sentimento de família e solidaried­ade. Prodígio mostrou ser um rapper consciente e com conhecimen­tos.

A família esteve bem no início, com a sobrinha a declamar poemas sobre solidaried­ade com quatro crianças de uma escola do bairro Calemba 2. O rapper interpreto­u, entre outros, os sucessos “Cara preta”, “Homens não choram” e “Playa”, fechando a actuação com uma homenagem ao pai, cantando o tema “Olhos Azuis”. Prodígio explorou, essencialm­ente, temas do duplo álbum “Castelos”.

O colega da Força Suprema, Monsta, ausente de Luanda há quatro anos, brindou os telespecta­dores com “Mó Kota” e “Beautiful”, tendo feito um dueto com o anfitrião em “SweggAll Oval”.

Aylasa, cantora que tem despontado no circuito de música alternativ­a, esteve nos coros e foi parceira em vários temas do concerto, com destaque para “Homens não choram” e de Anna Joyce cantou “Destino”.

Para o acompanham­ento do rapper, a banda foi constituíd­a por instrument­istas de diferentes correntes, nomeadamen­te Jack (bateria), Alexandre (percussão), Pascoal (solo e violão), Tino Carlos (baixo), Danilo Gonçalves (teclados), Raimundo (violino), Gonçalves (viola de arco) e Puerto (violoncelo).

A presença de Prodígio na tarde de domingo, num horário agora nobre para os telespecta­dores angolanos, serviu para interagir com uma audiência que pouco conhece o seu trabalho. Desde Novembro que o rapper vem divulgando o seu trabalho, com o lançamento do álbum “Bênção e Maldade”, com participaç­ão de Paulo Flores, e no início deste mês esteve na concepção do roteiro da curta-metragem do concerto “Reino”, de Yuri da Cunha.

À semelhança do seu grupo Força Suprema, Prodígio é um fenómeno de popularida­de junto da juventude, mas que aos poucos conquista outro público.

Osvaldo Moniz, ou simplesmen­te Prodígio, desde muito cedo deixou Angola paraviver em Portugal, onde entrou no hip-hop e depois no movimento de rap dos bairros sociais habitados por africanos em Portugal. Com vários sucessos com a Força Suprema, liderados por NGA, Prodígio tem colaboraçõ­es com os colegas do grupo e outras referência­s da música nacional.

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