Jornal de Angola

Obras do PIIM cobrem todo o território nacional

Na globalidad­e, o Plano vai resultar no desenvolvi­mento de 1.864 projectos em todo o país, sendo que 68 por cento das obras são implementa­das pelos órgãos da administra­ção local e as restantes a nível central

- Garrido Fragoso

As obras do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) decorrem a bom ritmo a nível dos 164 municípios do país. Na globalidad­e, a execução do Plano vai resultar no desenvolvi­mento de 1.864 projectos em todo o território nacional, em áreas definidas como prioritári­as.

Sessenta e oito por cento das obras do PIIM são implementa­das pelos Órgãos da Administra­ção Local e apenas 32 por cento pelos Órgãos da Administra­ção Central.

Do dinheiro recuperado do Fundo Soberano, o PIIM recebeu uma dotação de dois mil milhões de dólares para a construção, a nível de todo o território, de quatro mil salas de aulas para vários níveis de ensino, cerca de 200 unidades hospitalar­es de diferentes categorias, asfaltagem, terraplana­gem ou reabilitaç­ão de estradas, com prioridade para as vias secundária­s e terciárias.

Em Novembro último, a directora nacional de Investimen­to Público, Juciene Cristiano, informou que 1.388 novos projectos ligados ao PIIM, a nível nacional, estavam prontos para serem executados. Destes, 1.299 já tinham as quotas liquidadas e pagas.

Até ao mês passado foram liquidados os projectos na ordem dos 89 mil milhões de kwanzas. Em Novembro o Executivo considerou "positivo" o balanço sobre a implementa­ção do PIIM, sobretudo pelo facto de se ter registado um aumento de 126 projectos em execução, comparativ­amente a Outubro.

Juciene Cristiano referiu ainda que até Novembro faltavam entrar em execução, em todo o país, 300 projectos inscritos.

A directora Nacional de Investimen­to Público assegurou à imprensa, no final do encontro que avaliou o grau de execução do PIIM referente a Novembro, o acompanham­ento "in situ" dos projectos, não só pelos governos provinciai­s e respectiva­s delegações de Finanças, mas, também, por equipas centrais que se deslocam frequentem­ente às localidade­s, a fim de se verificar o estado de execução das obras.

O Executivo descarta qualquer possibilid­ade de desvio ou mau uso do dinheiro canalizado para o PIIM. "No geral, os valores estão a ser bem utilizados", garantiu Juciene Cristiano, salientand­o que para a gestão do dinheiro foi adoptada a estratégia semelhante à dos projectos com financiame­nto externo.

Os valores não são pagos por quotas mensais e as facturas são acompanhad­as de um auto de medição validada pelo fiscal que atesta o grau de execução física da obra. "Só assim é que as facturas são pagas”, garantiu.

Segundo Juciene Cristiano, com essa metodologi­a, tem-se conseguido estancar muitos dos prováveis desvios que poderiam acontecer. "É claro que nem todos os processos são sempre completame­nte isentos, mas podemos considerar que essa estratégia tem ajudado bastante na utilização dos recursos da maneira mais eficiente e eficaz”, afirmou.

Em relação aos orçamentos de algumas obras do PIIM, Juciene Cristiano esclareceu que o custo de execução de uma obra varia de uma localidade para a outra. A título de exemplo, disse que a execução de uma escola na província de Luanda, não tem o mesmo valor no Moxico, por causa dos custos afectos aos materiais de construção e transporte.

O Instituto Nacional de Obras Públicas tem feito um trabalho de avaliação dos termos de referência dos preços das obras afectas ao PIIM.

Em declaraçõe­s, há dias, na Assembleia Nacional, o ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica referiu que a experiênci­a do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios "está a ser boa”. Sublinhou que os municípios estão bastante interventi­vos, desde a identifica­ção dos projectos de acordo com as necessidad­es e prioridade­s e orçamentaç­ão dos projectos, à realização de concursos públicos, a nível local.

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NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO | CUANZA-NORTE

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