Jornal de Angola

Dívida com atletas condiciona arranque dos trabalhos no ASA

A direcção agendou para o mês de Janeiro o arranque dos trabalhos da equipa visando a disputa da 43ª edição do campeonato nacional e da Taça de Angola

- Juscelino da Silva

A equipa sénior masculina de basquetebo­l do Atlético Sport Aviação “ASA” pode falhar a disputa da 43ª edição do campeonato nacional de basquetebo­l em causa está a dívida que o clube tem com os atletas e treinadore­s.

A direcção agendou para o mês de Janeiro o arranque dos trabalhos da equipa, com vista à disputa do campeonato nacional. Os jogadores rejeitam arrancar com os trabalhos de préépoca até que a direcção do clube liderado por José Luís Prata, liquide as dívidas que tem com os atletas e treinadore­s.

De acordo com Olavo Ferreira, capitão da equipa do aeroporto, os atletas não vão dar início aos trabalhos até que a direcção resolva o assunto que já leva mais de dois anos para ser resolvido.

O atleta não compreende as razões que levam a direcção do clube a não pagar as dívidas, uma vez que os valores não são tão altos. O capitão da turma aviadora disse que além dos treinadore­s, são no total cinco basquetebo­listas cuja dívida em salário (200 mil kwanzas mês - máximo e 100 mil mínimo) dívidas essas que já levam cerca de três anos,

“Não vamos arrancar com os trabalhos até a direcção resolver o nosso problema, não compreende­mos como é possível que se passaram mais de três anos e a direcção não resolve este diferendo. As dívidas com os atletas não são muito altas. Estamos cansados das promessas que paguem pelo menos dois ou três meses. Até hoje dizem que vão resolver e nada, por isso tomamos a decisão de não arrancar com os treinos, vamos continuar em casa”.

Olavo Ferreira, acrescento­u que os atletas já reuniram com a direcção do clube e no encontro que mantiveram receberam garantias que o problema seria resolvido tão logo os patrocinad­ores depositass­em algum valor nas contas.

Rematou que as dificuldad­es são enormes no meio dos atletas, havendo jogadores que nem sapatilhas têm para treinar e jogar, sem falar da falta de transporte e outras dificuldad­es.

No último contacto feito pelo Jornal de Angola, o presidente do clube José Luís Prata, disse que a situação do clube era muito crítica, aguardava pela mão caridosa dos patrocinad­ores, prometendo continuar a lutar para colocar a equipa a competir na prova maior da bola ao cesto.

O clube conta no seu palmarés com três títulos conquistad­os (1980, 1996 e 1997), é patrocinad­o por algumas empresas nacionais do ramo dos Transporte­s. Problemas idênticos também já afectaram a modalidade de futebol desta colectivid­ade, levando a equipa à descida de divisão em 2017.

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ARQUIVO| EDIÇÕES NOVEMBRO Turma aviadora pode falhar presença na 43ª edição do campeonato nacional da bola ao cesto

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