Angolanos nas Afrotaças ameaçados
Duas das quatro equipas angolanas nas competições africanas de clubes, nomeadamente 1º de Agosto e Sagrada Esperança, podem ter os próximos jogos comprometidos, em função das medidas de biossegurança implementadas nos últimos dias, com o encerramento das fronteiras aéreas, marítimas e terrestres com a África do Sul, em função da descoberta, naquele país, de uma variante da Sars Cov-2.
Os militares têm como adversário o Kaizer Chiefs, que vem a Luanda no próximo jogo da eliminatória, ao passo que os lundas vão ao encontro do Orlando Pirates. No início desta semana a ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula do Sacramento Neto, anunciou alguma excepção para estes casos que envolvem comitivas desportivas.
Mas, numa segunda intervenção, já disse que o seu pelouro não podia tomar nenhuma iniciativa, ficando subentendido que tanto o Sagrada Esperança pode não sair, assim como o Kaizer Chiefs pode não entrar. Trata-se de uma situação que estará, certamente, a inquietar a Federação Angolana de Futebol e as equipas envolvidas.
Quanto à situação, as autoridades sul-africanas já reagiram, dizendo que de sua parte não há nenhum impedimento, tanto podem sair como deixarão entrar delegações estrangeiras, o que era de esperar, sendo eles o país com casos de infecção da variante do Sars Cov-2. Seja como for, estáse perante um caso que deve merecer uma avaliação séria e imediata das autoridades.
A Confederação Africana de Futebol é clara no seu regulamento: orienta que todos os jogos das Afrotaças devem ter lugar, sejam quais forem as circunstâncias. A não permissão de entrada de uma equipa estrangeira, em determinado território, resulta na atribuição de derrota (2-0), à equipa caseira, em caso de quem sai, não o fizer, deve lhe ser atribuída derrota por falta de comparência.