Jornal de Angola

“A data deveria ser um feriado nacional”

- Francisco Curihingan­a e Venâncio Victor | Malanje

O secretário provincial da UNITA, em Malanje, defendeu, ontem, que o 4 de Janeiro, Dia dos Mártires da Repressão Colonial, deve ser um feriado e não apenas uma data de celebração nacional.

Mardanês Calunga, que falava por ocasião da efeméride, considera que o 4 de Janeiro de 1961 marca um momento importante da história de Angola, pois reflecte a determinaç­ão dos angolanos contra a exploração e a opressão portuguesa.

O político recordou que a data constitui um dos primeiros actos de bravura e de manifestaç­ão do nacionalis­mo angolano e defendeu a importânci­a dos governante­s do país reconhecer­em o significad­o histórico do 4 de Janeiro. “A data deveria ser um feriado nacional e não apenas uma data de celebração nacional”, defendeu.

O secretário provincial da UNITA sublinhou ainda que a partir do 4 de Janeiro seguiram-se outras formas de manifestaç­ão anti-colonial. Segundo Mardanês Calunga, o 4 de Janeiro é uma data que também inspira os angolanos contra todo tipo de dominação estrangeir­a e neocolonia­lismo.

O dirigente partidário exortou a todos aqueles que viveram a repressão colonial a contarem os factos tal como acontecera­m e admitiu que, por falta de base política, a data não tem a relevância que merece.

Mardanês Calunga defendeu ainda a necessidad­e de os historiado­res irem cada vez mais à busca de mais dados sobre os acontecime­ntos do massacre da Baixa de Cassanje e que contem os factos como acontecera­m, para que a data não seja vista de forma despercebi­da .

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