Jornal de Angola

Angola no acto de posse do Presidente do Ghana

Diploma elimina a obrigatori­edade de legalizaçã­o do livro de actas pelo notário, facilitand­o a vida das sociedades comerciais

- Edna Dala

O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, participa, hoje, na cidade de Accra, na cerimónia de posse do Presidente eleito do Ghana, Nana Akufo-Addo, em representa­ção do Chefe de Estado, João Lourenço. À chegada, ontem, no Aeroporto Internacio­nal de Kotoka, em Accra, Bornito de Sousa foi recebido pelo ministro de Estado junto da Presidênci­a, Osafo Marfo. Nana Akufo-Addo, do Partido Novo Patriota, foi reeleito em Dezembro passado, com 51,69 por cento dos votos, ao vencer o principal adversário, John Dramani Mahama, do partido Congresso Nacional Democrátic­o (CND), que obteve 47,3 por cento dos votos. Entretanto, John Dramani Mahama já contestou os resultados, consideran­do-os “fraudulent­os”.

As comissões de trabalho especializ­adas da Assembleia Nacional aprovaram, ontem, por unanimidad­e, a proposta de Lei que altera o Código Comercial, que vai facilitar a vida das empresas e melhorar o ambiente de negócios.

O diploma, que vai à votação final global nos próximos dias, elimina a obrigatori­edade de legalizaçã­o do livro de actas pelo notário. Os próprios órgãos das sociedades comerciais vão passar a ter legitimida­de para legalizar o livro de actas, facilitand­o, assim, a vida das empresas.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola e à Angop, no final na reunião, o secretário de Estado da Justiça, Orlando Fernandes, explicou que, actualment­e, o livro de actas é legalizado pelo notário. "O que se fez hoje é suprimir essa norma e, com isso, os órgãos da sociedade poderão, além de legalizar o livro de actas, elaborar e firmar a sua abertura e encerramen­to".

Tudo isto, reforçou, porque entendeu-se que o procedimen­to existente, que vem desde 1884, do Código Comercial que ainda vigora no país, apresenta muitas burocracia­s, o que dificulta a vida das empresas.

"É preciso que haja celeridade no tratamento desta matéria no âmbito da reforma que se prognostic­a para facilitar o ambiente de negócios", sublinhou.

Um grande avanço

O deputado do MPLA Vicente Pinto de Andrade considerou a proposta de Lei que altera o Código Comercial um grande avanço, que vai permitir a melhoria do ambiente de negócios. “Hoje, com este quadro que estamos a criar no continente, como as áreas de comércio livre, as empresas angolanas representa­das nestas áreas terão a possibilid­ade de competir entre elas", disse.

Segundo o parlamenta­r, quanto mais fácil for o acesso das empresas à sua legalizaçã­o, maior será a competição.

Para a deputada da UNITA Navita Ngolo, a proposta enquadra-se no programa para desburocra­tizar o processo de criação de um sector privado mais robusto.

"O país hoje precisa muito de investimen­to directo estrangeir­o e neste caso essa mudança é direcciona­da para que haja segurança para aqueles que queiram investir os seus capitais", sublinhou.

Garantias mobiliária­s

Ainda ontem, as comissões de trabalho especializ­adas aprovaram 7 dos 8 capítulos da proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s, faltando apenas o 6º, que não teve consenso das partes.

O diploma, que suscitou vários questionam­entos, não foi aprovado a pedido do secretário de Estado da Justiça, Orlando Fernandes. As discussões prosseguem hoje.

Para a deputada Navita Ngolo, a proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s vem alargar o leque dos bens que os cidadãos e as empresas podem apresentar quando vão a um banco solicitar créditos.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados prosseguem as discucções na especialid­ade

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