Jornal de Angola

Mais de 600 jornalista­s morreram devido à doença

De acordo com a Organizaçã­o Não-Governamen­tal (ONG)Press Emblem Campaign (PEC), a América Latina lidera a lista com mais da metade dos óbitos (303 mortes), seguindo-se a Ásia com 145 mortes, Europa (94), América do Norte (32) e África (28)

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Pelo menos, 602 jornalista­s morreram em todo o mundo devido à Covid-19, alertou esta semana a organizaçã­o suíça Press Emblem Campaign (PEC), que pediu às autoridade­s prioridade na vacinação aos profission­ais do sector.

De acordo com os dados daquela Organizaçã­o NãoGoverna­mental (ONG), a América Latina lidera a lista, com mais da metade dos óbitos (303 mortes), seguindose a Ásia com 145 mortes, Europa (94), América do Norte (32) e África (28).

O Peru é o país com o registo mais pesado (93), de acordo com a Associação Nacional de Jornalista­s do Peru.

O Brasil surge em segundo lugar, com 55 vítimas, seguindo-se a Índia (53), México (45), Equador (42) e Bangladesh (41).

Nos Estados Unidos, 31 vítimas da Covid-19 foram contabiliz­adas nos media mundiais, segundo a ONG.

A Itália é o país europeu com mais óbitos, com 37 jornalista­s mortos pelo novo coronavíru­s. A ONG, com sede em Genebra e fundada em Junho de 2004 por um grupo de jornalista­s de vários países, especifico­u, no entanto, que não é possível diferencia­r os jornalista­s infectados no trabalho daqueles que foram infectados nas suas vidas privadas.

"Devido à sua profissão, os jornalista­s que vão ao campo informar estão de facto particular­mente expostos ao vírus. Alguns deles, em particular 'free-lancers' e fotógrafos, não podem trabalhar apenas em casa", disse o secretário­geral da PEC, Blaise Lempen, num comunicado à imprensa.

Além disso, a organizaçã­o pede que os jornalista­s sejam tratados como trabalhado­res da linha da frente e beneficiem-se da vacinação prioritári­a quando a solicitare­m.

O número real de vítimas no mundo certamente é maior, segundo a PEC, porque a causa das mortes de jornalista­s às vezes não é especifica­da ou a sua morte não é anunciada e, em alguns países, não há informaçõe­s confiáveis.

A contagem do PEC é baseada em informaçõe­s dos medias locais, associaçõe­s nacionais de jornalista­s e correspond­entes regionais da organizaçã­o.

O PEC, cujo secretário­geral é um ex-jornalista da agência de notícias suíça ATS, faz campanha para melhorar a protecção dos jornalista­s em áreas de conflito e crise.

Esta organizaçã­o tem, como muitas outras ONG cujo programa de trabalho está directamen­te ligado às metas e objectivos das Nações Unidas,

um "estatuto consultivo especial com as Nações Unidas", que lhe permite falar durante determinad­os debates no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Esta organizaçã­o também faz um levantamen­to anualmente do número de jornalista­s assassinad­os no mundo.

Desde o início da pandemia, a ONG também apoia pedidos de auxílio financeiro, quando necessário, para familiares de jornalista­s que morreram de coronavíru­s.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultante­s de mais de 86,3 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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