Plágio leva à demissão de ministra do Trabalho
A ministra austríaca do Trabalho, Christine Aschbacher, demitiu-se sábado , após ter sido acusada de ter plagiado parte do seu trabalho de pós-graduação e da sua tese de doutoramento, que tem negado.
Num comunicado anunciando a sua demissão, a ministra voltou a referir que fez o seu trabalho académico "com a maior lealdade e conhecimento" e justificou a sua demissão pela pressão mediática e política que ela e a família estavam a sofrer.
"O assédio, a agitação política e os ataques recaem, infelizmente, não só sobre mim, mas também sobre os meus filhos, com um ímpeto insuportável", explicou a política do Partido Popular Austríaco, acrescentando que se demite para proteger a família.
Aschbacher queixou-se de não lhe ter sido dada a oportunidade para um "processo justo", de ter as suas teses verificadas pelas instituições académicas relevantes e culpou "os meios de comunicação e os seus cúmplices políticos".
Stefan Weber, especialista dos meios de comunicação social conhecido pela sua investigação sobre plágio, acusou sexta-feira a ministra de ter citações falsas e outras copiadas, sem mencionar a fonte, no seu trabalho final sobre gestão de contas, concluído em 2006, bem como na sua tese de doutoramento.
Este último trabalho foi apresentado à Universidade de Bratislava em Maio de 2020, quando Aschbacher já era ministra do Governo de coligação, formado pelo Partido do Povo e pelos Verdes em Janeiro desse ano.
Todos os partidos da oposição aplaudiram a demissão de Aschbacher e a sua substituição será anunciada hoje.