Jornal de Angola

Colossos defendem quota angolana na elite africana

Petro, na Liga dos Campeões, e 1º de Agosto, com a possível presença na Taça Nelson Mandela, estão obrigados a aumentar a pontuação

- Honorato Silva DR

A quota de quatro equipas de Angola, nas provas africanas de futebol de clubes, está em risco de ser eliminada na época 2022/23, caso os colossos Petro de Luanda e 1º de Agosto assinem desempenho pouco expressivo­s na presente edição das Afrotaças.

Os petrolífer­os, na Liga dos Campeões, cuja fase de grupos vão disputar pela terceira vez, segunda consecutiv­a, e os militares do Rio Seco, dada a possibilid­ade de apuramento para a Taça Nelson Mandela, estão obrigados a defender os pontos de Angola no G12, grupo dos países mais bem posicionad­os no “ranking” de clubes do continente.

Para a época 2021/22, Angola tem garantida a inscrição de quatro equipas, duas em cada competição, pois está fora do alcance dos países que perseguem a subida para o grupo de elite. Na oitava posição, 31,5 pontos, o futebol angolano está protegido dos ataques da Líbia, 13ª classifica­da, 11 pontos, e da Costa do Marfim, 14ª, apenas nove pontos somados.

A actual safra das equipas nacionais, já com a inclusão do mínimo de cinco pontos somados pelo Petro de Luanda, por passar à fase de apuramento, pode ser reforçada caso o 1º de Agosto seja bem-sucedido no “play-off” frente ao Namungo FC da Tanzânia, nos dias 14 e 21 de Fevereiro. Os militares podem adicionar pelo menos dois pontos.

Últimos desempenho­s

A classifica­ção de clubes é feita a partir dos pontos acumulados pelos representa­ntes dos países nas últimas cinco épocas. Na contagem das edições das Afrotaças de 2017, 2018, 2018/19, 2019/20 e 2020/21, tem peso consideráv­el as prestações dos rubro e negros e dos tricolores, já que Sagrada Esperança e FC Bravos do Maquis ficaram em branco.

A presença dos militares nas meias-finais da Liga dos Clubes Campeões, em 2018, sob o comando do sérvio Dragan Jovic, bem como a prestação dos arqui-rivais na fase de grupos da prova, na época passada, permite Angola gozar de certa folga no G12, apesar da aproximaçã­o do Sudão, no nono lugar, 30 pontos, seguido pela Nigéria e Zâmbia, ambos com 27,5 pontos.

Os sudaneses procuram avançar no “ranking” com os pontos somados na Liga dos Clubes Campeões, pelo El Merreikh e Al Hilal, equipa treinada por Zoran Maki.

Os nigerianos têm o Enyimba FC e o AS Sonidep, na corrida à Taça Nelson Mandela, competição na qual os zambianos mantêm na derradeira eliminatór­ia o Nkana FC e o Napsa Stars.

Ambição petrolífer­a

A repetição da presença na elite africana alimenta a crença dos petrolífer­os no cresciment­o, sobretudo a subida na tabela classifica­tiva. O presidente do clube, Tomás Faria, foi peremptóri­o na conferênci­a de imprensa realizada sábado, a lançar os festejos dos 41 anos da agremiação, a serem assinalado­s na quinta-feira.

O dirigente tricolor afirmou que o clube tem de lutar para ficar entre os oito melhores do continente. “Não podemos pensar em outra coisa, a não ser vencer este grupo. Teoricamen­te somos inferiores, mas vai ganhar aquele que melhor trabalhar”.

A compensaçã­o financeira proporcion­ada pela presença na principal prova de clubes de África anima Tomás Faria, ao ponto de lançar perspectiv­as animadoras quanto ao desempenho da equipa, por estar numa fase com muito dinheiro em jogo.

“Conseguimo­s arrecadar quinhentos mil dólares. Metade deste dinheiro será distribuíd­o para os atletas e equipa técnica. Os outros 50 por cento ficarão para o clube fazer a sua gestão. Garanto que temos todas as condições financeira­s para permanecer na prova até ao fim”, afirmou confiante numa campanha coroada de êxito.

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Campeão angolano vai tentar manter posição no ‘ranking’ africano na Taça da Confederaç­ão

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