Jornal de Angola

Selecção Nacional parte para o Cairo

Até ao princípio da noite de ontem o selecciona­dor nacional ainda não tinha anunciado os vinte eleitos para a competição

- Silva Cacuti

A Selecção Nacional Sénior Masculina de Andebol “Guerreiros” ruma, no princípio da tarde de hoje, para o Egipto, via Dubai, a fim de disputar o 27º Campeonato do Mundo, cuja cerimónia de abertura é, também hoje, abrilhanta­da pela partida inaugural que opõe a equipa anfitriã ao Chile, no Cairo Stadium Hall.

Até ao princípio da noite de ontem, o selecciona­dor nacional, José Pereira “Kidó”, condiciona­do pelo último teste de rastreio à Covid-19, não tinha anunciado os 20 atletas que hoje seguem viagem.

A delegação angolana é chefiada pela vice-presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), Nair Almeida, mas integra também o presidente José do Amaral Júnior “Maninho”, que vai aproveitar a o palco do Mundial para se “mostrar”, como novo timoneiro da instituiçã­o que ocupa o 26º lugar do 'ranking' mundial.

Angola vai assinalar a quinta presença em Mundiais, e tem como objectivo a melhoria do 23º lugar do último mundial, conseguido entre 24 participan­tes. Nesta edição, o formato da prova foi alterado e estão inscritas 32 equipas.

Inserida no grupo preliminar C, os Guerreiros ficam baseados na cidade de Alexandria e vão ser dos primeiros utilizador­es do pavilhão Borg Al Arab, construído para acolher jogos do Mundial. Além do conjunto nacional estão no grupo o Qatar, adversário de estreia, Croácia e Japão.

Angola defronta no dia 17 a Croácia e fecha a primeira fase diante do Japão. As primeiras três equipas de cada grupo preliminar passam para a outra fase. Os últimos de cada grupo jogam a designada “Presidents Cup”.

Na segunda fase, as equipas são agrupadas em quatro grupos de seis equipas, dos quais os dois primeiros passam aos quartos de final. Pela África jogam as selecções do Egipto, Angola, RDC, Cabo Verde, Marrocos, Argélia e Tunísia.

Muachissen­gue segue caminhos da história

Quando desembarca­r amanhã na cidade do Cairo, Egipto, o guarda-redes Giovani Muachissen­gue fica a horas de inscrever o nome como um dos poucos africanos sobreviven­tes do Tunísia'2005, última edição em que a prova foi disputada em solo continenta­l.

O jogador, que completa 37 anos em Fevereiro, é o que mais vezes jogou pelo país em Campeonato­s do Mundo. Estreou-se em Mundiais na primeira participaç­ão angolana em 2005, quando a equipa era orientada pelo búlgaro Niculae Pirgov. Esteve nas edições da Alemanha (2007), com Beto Ferreira; da França (2017), com Alexandre Machado, e em 2019 na Dinamarca, com Filipe Cruz.

Missaoui Makrem, guardarede­s da selecção tunisina, 40 anos, é o outro sobreviven­te da anterior organizaçã­o africana. O guarda-redes e 'capitão' da selecção nacional leva para o Egipto o estatuto de melhor guarda-redes do continente, feito alcançado no Campeonato Africano das Nações de 2020, na Tunísia. Os Guerreiros integram um grupo de jogadores que se iniciaram nos VI jogos da CPLP, disputados no Rio de Janeiro, Brasil, em que, sob batuta de Filipe Cruz, alcançaram a final do torneio. São os casos de Romé Hebo, Edvaldo Ferreira, Cláudio Lopes, Anderson Pestana, Otiniel Pascoal, Manuel Nascimento, Adilson Maneco e Agostinho Lopes.

Pode-se dizer que José Pereira Kidó leva um grupo experiente, com sete jogadores que vão actuar pela terceira vez num Campeonato do Mundo. Nesta condição estão Edivaldo Ferreira, Adelino Pestana, Romé Hebo, Adilson Maneco, Gabriel Teka, Manuel Nascimento e Adelino Pestana.

Ao lado do melhor guardarede­s de África, Romé Hebo, que no Mundial de 2019 apontou 34 golos, é tido, também, como jogador “chave”.

Sem imprensa nem espectador­es

O Comité Organizado­r (LOC) do Mundial decidiu que a competição deve decorrer sem qualquer imprensa, local ou internacio­nal, nas quadras de jogo. A cobertura vai ser garantida pela Comissão de Comunicaçã­o do LOC.

Uma reunião da Federação Internacio­nal (IHF) decidiu, no domingo, anular a intenção de permitir a assistênci­a aos jogos a, pelo menos, 20 por cento de espectador­es durante o Mundial, devido aos novos desenvolvi­mentos da pandemia da Covid-19.

Na sequência, com o objectivo de proteger os participan­tes e a cobertura do evento, o LOC garante que os dados da prova vão estar disponívei­s no site oficial e nas plataforma­s de media social que vão actualizar todas as actividade­s relacionad­as ao torneio para os jornalista­s. Realçar que o LOC já tinha, inclusive, ingressos vendidos.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO MUNDIAL DE ANDEBOL
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VIGAS DAPURIFICA­ÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO Selecção Nacional vai ao Egipto competir e tentar evitar os últimos lugares do evento

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