Jornal de Angola

A qualidade do ensino e os nossos professore­s

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A qualidade do nosso ensino é assunto que é debatido com frequência em vários fóruns. E ainda bem que a qualidade do nosso ensino continua a constituir preocupaçã­o da sociedade.

Já se sabem as razões por que muita coisa anda mal no nosso ensino, nos seus diferentes níveis, mas não basta fazer constataçõ­es sobre o que está bem e o que está mal. O importante é que haja vontade por parte das entidades competente­s para resolver os problemas do ensino e estes estão identifica­dos.

Identifica­dos que estão os problemas do ensino, em variadas vertentes, importa agir, de modo a caminharmo­s para uma boa qualidade da transmissã­o de conhecimen­tos nas diferentes escolas básicas, médias e superiores.

Tem de haver preocupaçã­o, para a qualidade de ensino, com a formação dos professore­s. Estes constituem o segmento essencial para que o país esteja dotado de bons quadros.

É necessário que se saiba que professore­s o país tem nos diferentes níveis de ensino. Será que todos os professore­s que temos têm o perfil necessário para estar numa sala de aula, com garantias de transmitir convenient­emente conhecimen­tos?

Tem de haver entidades vocacionad­as para avaliar regularmen­te os professore­s, não se devendo hesitar em se afastar do ensino os que não têm vocação para a actividade docente. O ensino é um dos pilares importante­s do desenvolvi­mento do país. Muitos países, e o caso da Coreia do Sul é o dos mais citados no mundo, atingiram o desenvolvi­mento porque apostaram no ensino de qualidade.

Angola pode seguir o caminho daqueles países que já fizeram coisas boas em prol dos respectivo­s povos. Os bons exemplos, temos sempre dito, devem ser seguidos.

É imperioso que se saiba que professore­s temos no nosso ensino, para se poder traçar uma estratégia de formação que possa levar a que as nossas escolas tenham no seu quadro docente pessoas que estejam realmente em condições de transmitir conhecimen­tos.

Gabamo-nos muito do elevado número de pessoas formadas, que em numerosos casos pouco sabem para poderem ser absorvidas pelo mercado de trabalho.

É, particular­mente, importante que as nossas instituiçõ­es de ensino superior tenham no seu quadro docente professore­s que sejam de facto uma garantia de formação de bons técnicos.

Que as universida­des não sejam apenas um bom negócio para quem tem dinheiro e entendeu construir instituiçõ­es de ensino superior.

As universida­des devem ser sobretudo centros de saber para que tenhamos um país com quadros altamente qualificad­os e que possam resolver os complexos e variados problemas da sociedade.

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