1º de Agosto aguarda suspensão da quarentena
Direcção dos militares está a contactar a Comissão Interministerial de Combate à Covid-19 no sentido de orientar o levantamento da medida
A direcção do 1º de Agosto espera ver levantada a quarentena domiciliar imposta pelas autoridades sanitárias angolanas, aos integrantes do plantel de futebol que defrontaram há uma semana o Kaizer Chiefs da África do Sul, no Estádio Nacional 11 de Novembro, na segunda “mão” da derradeira eliminatória de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões.
A medida profiláctica foi adoptada de modo a evitar uma eventual disseminação do vírus da nova estirpe da Covid-19, detectada em alguns países, com os quais Angola encerrou fronteiras, mas permitiu excepcionalmente a entrada da equipa sul-africana para a realização do jogo, com a condição de os jogadores militares cumprirem duas semanas de total recolhimento.
Diante do quadro de estabilidade da condição de saúde dos jogadores e membros da equipa técnica, a direcção dos rubro e negros começou, ontem, a contactar a Comissão Interministerial de Combate à Covid-19, no sentido de orientar o levantamento da medida, após a realização de testes de despistagem.
Os tetracampeões do Girabola, que acabaram afastados da etapa reservada à elite do futebol continental de clubes, ao serem derrotados em casa (0-1) pelo Kaizer Chiefs, numa partida disputada debaixo de um ambiente conturbado, foram obrigados a observar a quarentena face à falta de resposta do país à nova variante da pandemia, cujo vírus é considerado de maior contágio.
O grosso da equipa às ordens do técnico português Paulo Duarte teve de ser confrontado com o cenário de perda da forma desportiva, por estar num regime fechado, com as refeições colocadas à porta dos quartos. As autoridades sanitárias lamentam a situação que, entretanto, consideram ser um mal menor, em comparação ao risco de contágio em massa, caso alguém tivesse sido infectado.
O levantamento, ontem, da quarentena no Hotel Trópico, que albergou a delegação sul-africana, anima os dirigentes militares quanto à possibilidade de o plantel receber autorização para o regresso à normalidade, depois da realização dos testes.
Desafios adiados
O confinamento deixou sem efeito o jogo do 1º de Agosto diante do Wiliete de Benguela, pontuável para a terceira jornada do Girabola. A Federação Angolana (FAF) emitiu, sexta-feira à noite, um comunicado a dar conta da alteração, sem data, da partida, apesar de a equipa benguelense fazer menção de que já havia iniciado a viagem a Luanda.
Caso permaneça a quarentena, os responsáveis da formação do Rio Seco defendem o regresso à normalidade competitiva, somente depois de os jogadores recuperarem parte da capacidade físico-atlética, comprometida pela nova paragem, quando vinham de um trabalho virado à recuperação da longa paragem.
O Jornal de Angola apurou, junto da comissão criada pela FAF para cuidar da máquina organizativa do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, coordenada por Alves Simões, que estavam à espera de uma resposta das autoridades sanitárias, dada a expectativa da visita dos inspectores, ainda ontem, às instalações da Cidade Desportiva do 1º de Agosto, com vista a aferir a existência de condições que justifiquem o levantamento da quarentena aos jogadores e equipa técnica.