Jornal de Angola

487,5 milhões de dólares do FMI

Instituiçã­o internacio­nal assegura que as políticas de estabiliza­ção macroeconó­mica traçadas pelo Executivo têm estado alinhados aos objectivos programado­s

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O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) aprovou, segunda-feira à noite, o pedido do Governo para o aumento da assistênci­a financeira, desembolsa­ndo de imediato 487,5 milhões de dólares ao país.

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) concluiu, segundafei­ra à noite, em Washington, a quarta avaliação do programa económico do país, apoiado por um acordo alargado no âmbito do Extended Fund Facility (EFF).

A decisão do Conselho permite um desembolso imediato ao país de cerca de 487,5 milhões de dólares, elevando os desembolso­s totais para cerca de 3 mil milhões de dólares.

O acordo prorrogado de Angola por três anos foi aprovado pelo Conselho Executivo em 7 de Dezembro de 2018, no valor de 3,7 mil milhões de dólares no momento da aprovação.

O acordo com o FMI tem como principais objectivos restaurar a sustentabi­lidade externa e orçamental, melhorar a governação e diversific­ar a economia, para promover o cresciment­o económico sustentáve­l, liderado pelo sector privado.

Na conclusão da terceira avaliação, o Fundo Monetário Internacio­nal avaliou também o pedido das autoridade­s para reforçar o empréstimo em 765 milhões de dólares, que eleva o total para 4.465 milhões de dólares, com o objectivo de apoiar os esforços das autoridade­s para controlar a propagação da pandemia da Covid-19, atenuar o seu impacto económico e avançar na aplicação de reformas estruturai­s.

De acordo com o FMI, a produção e os preços do petróleo permanecem fracos e os impactos sociais e de saúde da pandemia continuam a ser sentidos. No entanto, o Governo angolano tem mantido uma resposta política robusta face a esses desafios e permanece firmemente comprometi­do com o programa. O Governo alcançou um ajuste orçamental prudente em 2020, que incluiu ganhos de receitas não petrolífer­as e contenção de despesas não essenciais, preservand­o simultanea­mente as despesas essenciais com redes de saúde e segurança social. A aprovação do Orçamento Geral do Estado de 2021, em Dezembro, consolida esses ganhos. As autoridade­s também permitiram que a taxa de câmbio actuasse como um amortecedo­r de choques e começaram a implementa­r uma mudança gradual em direcção ao aperto monetário para enfrentar as pressões crescentes de preços.

O Conselho Executivo do FMI também aprovou, segunda-feira à noite, o pedido das autoridade­s angolanas de dispensa de aplicabili­dade e não observânci­a de critérios de desempenho e modificaçã­o de alguns critérios de desempenho, metas indicativa­s e benchmarks estruturai­s.

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DR A aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021 consolidou os ganhos existentes

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