Nova versão da pandemia
A nova estirpe da Covid-19, tenha ela a designação que tiver, há-de chegar a Angola, tarde ou cedo, mas vem, embora desta vez tenhamos a experiência da ferocidade da actual, o que pode ser vantajoso.
As vantagens da nova estirpe são não estarmos tão mal guarnecidos, como quando surgiu a actual, principalmente em termos de unidades de saúde, insuficientes ainda, é verdade, mas em maior número para enfrentarmos o inimigo tão astuto. Além disso, os nossos combatentes de primeira linha - médicos, enfermeiros, socorristas, em suma, todos os profissionais do sector - conhecem-lhe melhor as manhas e fraquezas, que também as tem. Há, ainda, a juntar o bom senso da maioria dos cidadãos empenhada na luta contra o alastramento da doença, cumprindo, dentro do possível, as medidas decretadas para tentar ludibriá-la. O pior são as “vacas sagradas”, que fazem questão de desafiar acintosamente o estipulado por decreto, acreditando serem intocáveis graças a protectores que todos sabem quem são, mas uns quantos fingem desconhecer, deitando por terra parte dos esforços e dinheiro investido pelo Estado nesta guerra de vida ou morte.
A situação, preocupante por pôr em causa a saúde da maioria, revolta, até por fazer lembrar que o combate contra os saqueadores dos dinheiros públicos é longo e tem de ser permanente, sejam eles quem forem, e quais as causas que os movem.
Os interessados em impedir o desenvolvimento económico e social do país são os mesmos que lhe esvaziaram os cofres ou esvaziam, quem nunca fez o mesmo por falta de oportunidade, os que usam a pandemia para não trabalharem ou os que vêem nela arma de arremesso político. Bem vistas as coisas, estão todos, pelo menos por enquanto, no mesmo lado da barricada contra o inimigo comum: o povo angolano, particularmente os mais vulneráveis, cada vez em maior número.
As maiores sumidades mundiais na matéria dizem, baseados em aturados estudos, que a nova versão do vírus mantém como características não poder ser observada à vista desarmada, apresentar-se incolor e inodoro, mas ter aumentado, ainda mais, a velocidade de infecção!
Numa altura em que eram anunciadas, “para breve”, as primeiras vacinas capazes de impedirem contaminações reacendeu-se a esperança entre povos e Estados. Face a isso fizeram-se projectos pessoais e governamentais. Foi “sol de pouca dura”, tal e qual “balde de água fria”sobre as expectativas de “novo ano, vida nova”. E o medo regressou, a encolher sonhos e ampliar frustrações. Lá fora, muitos países, a maioria melhor preparados do que o nosso em infra-estruturas e pessoal de saúde, em quantidade e qualidade, já começavam a abrandar restrições projectadas na tentativa de começarem a recuperar tempo perdido a nível económico e social. Preparemo-nos, também nós, para cenários idênticos, jogando, uma vez mais, na antecipação, que nos evitaram males maiores com a Covid-19 devido a medidas decretadas pelo Executivo. Mas, é bom salientar, podíamos ter tido menos casos não houvesse tanta fanfarronada por parte de minorias, com a condescendência de quem tem o dever de zelar pelos interesses nacionais, como é caso da vida humana. A Polícia está obrigada a fazer cumprir as medidas impostas para a salvaguarda da saúde pública com firmeza, que não significa violência, nem condescendências.
A nova versão do coronavírus, mais feroz do que todos, segundo cientistas experimentados, já deu sinais de morte lá fora, ainda não chegou a Angola, mas há-de chegar, tarde ou cedo. É bom que nos preparemos, desta vez sem pimpões, que se dispensam.
É bom salientar, podíamos ter tido menos casos não houvesse tanta fanfarronada por parte de minorias, com a condescendência de quem tem o dever de zelar pelos interesses nacionais, como é caso da vida humana. A Polícia está obrigada a fazer cumprir as medidas impostas para a salvaguarda da saúde pública com firmeza, que não significa violência, nem condescendências