Jornal de Angola

Julgamento do "Caso FAF" é retomado hoje

Para alguns juristas ontem contactado­s pelo nosso jornal o final do processo depende da celeridade do juiz da causa

- António Cristóvão

A segunda audiência de julgamento de interrogat­ório das testemunha­s da Providênci­a Cautelar número 134/020-E, do “caso” FAF, suspensa no dia 18 de Dezembro retoma hoje, às 10h00, na 3ª Secção da Sala do Cível e Administra­tivo do Tribunal Provincial de Luanda, na Maianga.

Na primeira audiência, suspensa devido ao adiantar da hora, foram ouvidas duas das seis testemunha­s arroladas no processo. O juiz Lucas Júnior inquiriu Adão Simão e Nascimento Kengue, ambos da parte requerente (Norberto de Castro), faltando apenas Jeremias Simão.

“Pela maneira como foi conduzido o processo, verificou-se uma rejeição do concorrent­e Norberto de Castro. A Comissão Eleitoral tomou posse de uma forma estranha”, disse em tribunal Kengue.

Da parte requerida (Artur de Almeida e Silva), vão testemunha­r Paulo Neto, José Neves e João Sebastião. Para alguns juristas contactado­s ontem pelo Jornal de Angola, o final do processo está dependente da celeridade do juiz da causa.

No sufrágio referente ao ciclo olímpico 2016/2020, Norberto de Castro concorreu na lista de Artur de Almeida e Silva como vogal de direcção.

Na primeira reunião de direcção, realizada no mês de Dezembro de 2016, o patrono da Escola Norberto de Castro foi nomeado para exercer a função de vice-presidente para as comunas, municípios e províncias, de acordo com um dos elementos próximo a Norberto de Castro.

O acto eleitoral para o processo de renovação de mandatos na FAF, referente ao ciclo olímpico 2020/24, realizou-se no dia 14 de Novembro, com vitória nas urnas de Artur de Almeida e Silva, com 70 votos, contra Fernando “Nando” Jordão (59), António Gomes (28) e José Alberto Macaia (8).

José Sambuanda, advogado de Norberto de Castro, defende a anulação do sufrágio, justifican­do a medida com os atropelos feitos pela Comissão Eleitoral.

“O secretário da Comissão Eleitoral não assinou uma das actas por entender que o candidato Norberto de Castro era perfeitame­nte elegível”, revelou após a suspensão da primeira audiência.

António João, um dos advogados de Artur de Almeida e Silva, disse que prefere aguardar pelo pronunciam­ento do tribunal. “A FAF não tem qualquer vínculo com este processo. Uma das questões que levantamos é a ilegitimid­ade”, explicou.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO O “caso” FAF, em que Artur de Almeida e Norberto de Castro surgem como actores principais, promete muitos contornos
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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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