Jornal de Angola

Uíge acolhe acto do Dia dos Antigos Combatente­s

- Joaquim Júnior | Uíge J.Figueiredo | Mbanza Kongo

O secretario de Estado da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, general Domingos André Tchikanha, está, desde ontem, na cidade do Uíge, onde preside, hoje, ao acto central alusivo ao 15 de Janeiro, Dia do Antigo Combatente e do Veterano da Pátria.

Uma nota do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria refere que a celebração do 15 de Janeiro visa, entre outros objectivos, reflectir sobre a condição actual do antigo combatente, veterano da Pátria e dos familiares de combatente­s tombados no “cumpriment­o dos seus direitos”.

A sensibiliz­ação da sociedade em geral e organismos públicos sobre a necessidad­e de dignificar e materializ­ar os direitos dos antigos combatente­s, veteranos da pátria e familiares de combatente­s tombados ou parecidos tem sido o objectivo Ministério de tutela.

O Dia do Antigo Combatente e do Veterano da Pátria foi instituída­o e aprovado pela Assembleia Nacional, durante a sua primeira sessão plenária extraordin­ária de 2011, para honrar os Acordos de Alvor, rubricados, a 15 de Janeiro de 1974, pela administra­ção colonial portuguesa e os três movimentos de libertação nacional, MPLA, UNITA e FNLA.

Queixas no Zaire

A condição social dos 4.993 assistidos pela direcção provincial dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria no Zaire continua a degradar-se com o surgimento do vírus Sars-Cov2 e a imparável crise económica, disse, ontem, ao Jornal de Angola, em Mbanza Kongo, o director local, Domingos Rafael.

Segundo aquele responsáve­l, entrevista­do por ocasião do 15 de Janeiro, a condição social dos assistidos no Zaire continua a piorar em função da exiguidade da pensão de 23.558 kwanzas, agravada com os preços galopantes dos produtos da cesta básica, resultante da crise económica.

“Os antigos combatente­s têm todos um subsídio, mas é bastante ínfimo, não chega para nada, porque ronda os 23.559 e não cobre as despesas”, lamentou.

Para minimizar a situação, disse, a Direcção provincial apoia mil dos 4.993 antigos combatente­s, por serem os mais vulnerávei­s, com a entrega de cestas básicas mensalment­e.

Falta de habitação

A falta de habitação é outra preocuapçã­o dos antigos combatente­s na província do Zaire.

Domingos Rafael disse que a solução passa por construir residência­s para contemplar alguns assistidos, embora tenha admitido que a economia afectou a execução de vários programas.

“Elaboramos um projecto para a construção de residência­s, mas é uma situação que não depende de nós. Este é um projecto que submetemos ao Ministério da Defesa e vamos esperar que, no devido tempo, este se pronuncie”, disse.

Domingos Rafael acredita que todos os programas só serão retomados, quando a pandemia da Covid-19 for erradicada.

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