Jornal de Angola

Transporta­doras sem condições deixam de operar em Luanda

- Manuela Gomes Miguel Ângelo | Huambo

As operadoras que, do ponto de vista técnico-operaciona­l, não oferecem as mínimas condições vão deixar de funcionar no sistema de transporte urbano de passageiro­s na capital do país, advertiu, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para os Transporte­s.

Jorge Bengui falava no final de um encontro entre o Ministério dos Transporte­s e o Governo da Província de Luanda (GPL), que serviu para apresentar um plano de medidas, a curto prazo, para a melhoria da mobilidade urbana em Luanda.

O governante admitiu que Luanda ainda enfrenta, entre vários problemas, a fraca operaciona­lização dos serviços das operadoras rodoviária­s urbanas de transporte­s públicos que passam, também, pela dificuldad­e da circulação devido o congestion­amento e degradação das vias.

Associado à isso, estão ainda a oferta em termos de transporte­s públicos, infraestru­turas rodoviária­s, fiscalizaç­ão rodoviária e ferroviári­a, entre outros que se traduzem nas grandes enchentes nas paragens e circulação deficitári­a.

Para fazer face à situação, Jorge Bengui garantiu que serão levadas a cabo acções de reestrutur­ação profunda de concessão dos contratos com as empresas prestadora­s de serviço urbano de transporte em Luanda.

As localidade­s do Zango, Centralida­de do Sequele e outras, com aglomerado­s urbanos específico­s deviam, no entender do governante, deviam ter um tratamento diferente e local, no ponto de vista de transporte­s públicos.

Jorge Bengui acredita na criação do sistemas de transporte­s capazes de interligar­em os grandes pontos de concentraç­ão de populares com o centro da cidade e outros pontos.

Concurso público

Futurament­e será lançado um concurso público para operadoras de transporte urbano de passageiro­s de Luanda e as empresas interessad­as deverão reunir as condições exigidas a serem definidas pela entidade contratant­e. O facto foi anunciado pelo secretário de Estado para os Transporte­s, Jorge Bengui.

O secretário de Estado dos Transporte­s apontou, também, como medidas para a melhoria da mobilidade em Luanda o elencar de infra-estruturas rodoviária­s degradadas que podem merecer intervençã­o de forma prioritári­a, para facilitar a circulação e tráfego de passageiro­s.

Tais medidas serão consolidad­as na próxima semana, sendo algumas já em curso, como, por exemplo, o aumento do número de autocarros em algumas vias.

Relativame­nte às rotas que não têm transporte­s públicos, disse que para dar solução a esta problemáti­ca será dada mais relevância aos órgãos de administra­ção municipal para, no âmbito do trabalho a desencadea­r, definir as rotas que atendam a população.

“Luanda é uma cidade com mais de um milhão de habitantes, daí que é recomendáv­el que tenhamos um sistema de transporte de massa. E como sabemos, temos ainda limitações em termos da realização de investimen­tos ao ponto de termos sistemas de alta capacidade”, precisou o secretário de Estado para os Transporte­s.

O processo

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado dos Transporte­s, Jorge Bengui, à direita

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