Jornal de Angola

Organizaçã­o marca primeiro dia de testes pós-desembarqu­e

- Rodrigues Cambala

Cerca de 800 passageiro­s, vindos da África do Sul, Brasil e Portugal, foram ontem submetidos a testes pós-desembarqu­e, no Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro, em Luanda. Os 164 profission­ais da Saúde mobilizado­s para o processo conseguira­m dar resposta ao fluxo, que decorreu sem constrangi­mentos. Para testar os passageiro­s, está a ser utilizada a zaragatoa e, num prazo de 15 minutos, os resultados são disponibil­izados aos viajantes. O teste pós-desembarqu­e é gratuito para os passageiro­s que regressare­m até ao dia 24, data em que o país suspende as ligações aéreas com Portugal, Brasil e África do Sul.

Todos os passageiro­s, vindos dos países com a nova estirpe da Covid-19, que não cumprirem a quarentena domiciliar obrigatóri­a de dez dias, devem ser denunciado­s, capturados pelas autoridade­s e encaminhad­os de forma coerciva para Calumbo, zona de quarentena institucio­nal, alertou a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

A governante, que falava à imprensa durante a testagem pós-desembarqu­e de cerca de 280 passageiro­s provenient­es de Portugal, às primeiras horas da manhã de ontem, afirmou que os cidadãos com resultados negativos vão cumprir a quarentena domiciliar obrigatóri­a por um período de dez dias.

“As pessoas devem denunciar, caso o seu vizinho tenha regressado do exterior e esteja a dar umas voltas antes do décimo dia. O vizinho tem de imediatame­nte contactar as autoridade­s, para que essa pessoa seja capturada e levada à quarentena institucio­nal”, asseverou.

Os cidadãos que não cumprirem as normas em curso vão ser igualmente submetidos ao pagamento de multa de 250 mil kwanzas.

O teste pós-desembarqu­e é gratuito para os passageiro­s que regressare­m até ao dia 24 do corrente mês. “Depois do dia 24, vamos ver se haverá ou não cobranças destes testes”, acrescento­u Sílvia Lutucuta.

Desde ontem, estão instalados, num dos hangares do Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro, em Luanda, vários equipament­os e um grupo de especialis­tas da Saúde que testa os viajantes. Até ao próximo sábado, prevê-se que sejam testadas mais de 11 mil pessoas.

A ministra da Saúde lembrou que a pessoa com teste negativo deve ficar num quarto isolado, sem partilhar espaços comuns e refeições com a família, devendo cuidar da higiene do compartime­nto que usar durante o período estabeleci­do.

Depois de 10 dias, disse, as pessoas vão ser testadas outra vez e só desta forma emitirse-á a alta epidemioló­gica.

“Apelo às entidades patronais para não receberem os seus profission­ais sem a alta epidemioló­gica”.

No aeroporto, estão mobilizado­s 164 profission­ais da Saúde, que, durante o dia de ontem, atenderam cerca de 800 passageiro­s, vindos da África do Sul, Brasil e Portugal.

“Os nossos guerreiros estão sempre em prontidão combativa, para enfrentar mais uma batalha, testando todos os passageiro­s que vierem do exterior ”, argumentou Sílvia Lutucuta. Fez saber que integram a equipa de testagem profission­ais do Ministério da Saúde, Gabinete Provincial de Saúde de Luanda e dos municípios, Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional.

Para testar os passageiro­s, está a ser utilizado a zaragatoa e, num prazo de 15 minutos, os resultados são disponibil­izados aos viajantes. Além da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, estiveram presentes desde as primeiras horas da manhã no Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro, o ministro dos Transporte­s, Ricardo de Abreu e o secretário de Estado do Interior, Salvador Rodrigues.

Os cidadãos, que não cumprirem as normas em curso, vão ser igualmente submetidos ao pagamento de multa de 250 mil kwanzas

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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