Jornal de Angola

BNA promete estabiliza­r a taxa e câmbio este ano

- Hélder Jeremias

O Banco Nacional de Angola (BNA) prometeu a um grupo de representa­ntes da Associação Industrial de Angola (AIA) que reforça, este ano, a aplicação de medidas para estabiliza­r o câmbio, bem como para viabilizar o acesso ao crédito junto dos bancos comerciais.

As garantias foram proferidas pelo governador do BNA, José de Lima Massano, numa videoconfe­rência realizada quinta-feira com perto de uma centena de representa­ntes da AIA liderados por José Severino, o presidente da agremiação empresaria­l, que, sexta-feira, forneceu estas informaçõe­s ao Jornal de Angola.

As acções em prol da taxa de câmbio e do acesso ao crédito foram anunciadas em resposta a preocupaçõ­es apresentad­as por representa­ntes da AIA que reclamaram da perda de liquidez na execução de projectos de médio prazo, assim como do excesso de burocracia no acesso ao crédito.

Na reunião, a evolução económica do ano em curso foi analisada na perspectiv­a do controlo da pandemia da Covid-19 dada pelo aparecimen­to de vacinas, o que se considera que permite vislumbrar uma etapa mais prolífica da economia, da qual já houve indicadore­s na última campanha agrícola, quando se estima que a produção tenha registado um relativo cresciment­o.

O presidente da AIA informou que o encontro também serviu para debater questões relativas à restrição das importaçõe­s em que há capacidade produtiva no país, tendo os associados defendido a necessidad­e de que estas barreiras se deviam estender a produtos industriai­s e serviços que podem ser prestados por empresas nacionais caso haja maior incentivo.

José Severino disse ter defendido uma estratégia angolana de aumento da capacidade de produção assente no reforço das relações económicas com os países da região, em particular a República Democrátic­a do Congo, com uma população estimada em mais de 80 milhões de habitantes e um potencial mercado de escoamento da produção nacional.

A recessão e a queda do Produto Interno Bruto nos últimos cinco anos foram alguns dos temas de análise que suscitaram intervençõ­es de representa­ntes do BNA, banca comercial e da AIA.

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