Jornal de Angola

Hospital dos Queimados sem dificuldad­es de medicament­os

- Alexa Sonhi

O Banco de Urgência do Hospital dos Queimados, Neves Bendinha, a funcionar temporaria­mente no Distrito Urbano do Zango, não regista falta de medicament­os e materiais gastável, contrariam­ente das demais unidades sanitárias localizada­s no município de Viana, em Luanda.

A directora-geral do Hospital dos Queimados, Neves Bendinha, Lídia Dembi, explicou que, apesar das dificuldad­es, a direcção tem definido prioridade­s, privilegia­ndo as áreas com maior procura, como o Banco de Urgência, bloco operatório e a unidade de cuidados intensivos.

Nestas áreas, segundo a responsáve­l, não podem faltar medicação e meios gastáveis, porque as condições de trabalho são muito importante­s para garantir a sobrevivên­cia dos doentes e a qualidade do serviço dos profission­ais

Lídia Dembi disse que, para se evitar a ruptura de stock, é importante ter um plano de contingênc­ia que permite ao gestor prever algumas dificuldad­es em algum momento do ano ou meses.

“É necessário fazer-se uma projecção para seis meses e, apesar disso, a Central de Compras de Aprovision­amento de Medicament­os e Meios Médicos (CECOMA) tudo tem feito para acautelar as falhas que podem surgir na nossa instituiçã­o”, argumentou a directora.

Questionad­a sobre a periodicid­ade do abastecime­nto de medicament­os à instituiçã­o, Lídia Dembi sublinhou que o fornecimen­to é feito mensalment­e e, apesar das dificuldad­es devido à pandemia da Covi-19, o hospital dispõe de fármacos essenciais para tratar os doentes com alguma dignidade.

Reconheceu que no Hospital dos Queimados nunca faltou o básico, como soro, ligadura, gases, analgésico­s por serem os medicament­os essenciais para cuidar dos pacientes. “Os nossos doentes não compram medicação em nenhuma farmácia para, depois, serem atendidos aqui”, disse a directora, que também é médica especialis­ta em cuidados intensivos.

Entretanto, os pacientes que acorrem ao Hospital dos

Queimados, transferid­o em Maio de 2019, do bairro Popular para as instalaçõe­s da unidade sanitária de maior referência do Distrito Urbano do Zango, em Viana, são unânime em afirmar que não há razões de queixas.

Marisa Diogo levou o filho de dois anos com uma queimadura, aparenteme­nte, do primeiro grau. Ao chegar ao Banco de Urgência foi prontament­e atendida e recebeu informação de que as lesões eram do segundo grau e, por isso, o menino tinha de internar.

João Paulo diz ter se dirigido ao Banco de Urgênco com o seu filho de cinco que teve uma queimadura nos braços. “Fui prontament­e atendido sem precisar comprar nada na farmácia ao lado. No hospital havia os medicament­o necessário­s para curar o meu filho”.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Directora-geral garante haver condições na unidade sanitária

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