Jornal de Angola

Três mortos e 330 recuperado­s

O secretário de Estado para a Saúde Pública informou que, nas últimas 24 horas, o laboratóri­o processou 964 amostras, das quais 51 foram positivas. Desde o início da pandemia foram processada­s 335.309 amostras, sendo 18.926 positivas

- Mazarino da Cunha

O Ministério da Saúde está a acompanhar os dois passageiro­s que testaram positivo, vindos do Brasil e da Nigéria, para determinar se estão infectados com a nova variante do vírus Sars-Cov-2 ou não.

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, a brasileira e o nigeriano que testaram positivo encontram-se em isolamento institucio­nal.

No encontro com jornalista­s, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), sobre a evolução da pandemia no país, Franco Mufinda afirmou que desde sábado chegaram ao país três mil passageiro­s “provenient­es de países onde se registam alta circulação do Sars-Cov-2 e da nova variante”.

Em relação aos passageiro­s que testaram negativo, Franco Mufinda esclareceu que devem observar a quarentena domiciliar. No final da quarentena, frisou, o cidadão deverá dirigir-se às repartiçõe­s da Saúde para realizar a testagem e obter a alta epidemioló­gica.

Para os que não cumprirem a quarentena domiciliar, o secretário de Estado disse que vão ser levados de forma coerciva para o centro do Calumbo e deverão pagar uma multa.

Situação epidemioló­gica

No que diz respeito à situação epidemioló­gica, Franco Mufinda informou que Angola registou, nas últimas 24 horas, 51 novas infecções, três óbitos e a recuperaçã­o de 330 pacientes. Das infecções anunciadas, 20 foram notificada­s em Luanda, 13 no Huambo, oito no Cuanza-Sul, seis em Benguela, duas no Bié e uma nas províncias da Huíla e Moxico.

De acordo com o secretário de Estado, os infectados têm entre 1 e 78 anos, sendo 31 do sexo masculino e 20 do sexo feminino. Na capital do país foram afectados os municípios de Belas, Cacuaco, Kilamba Kiaxi, Talatona, Viana e os distritos urbanos do Sambizanga, Rangel e Ingombota.

Em relação às mortes, Franco Mufinda disse que ocorreram nas províncias de Benguela, Huambo e Luanda. Trata-se de cidadãos nacionais com idades entre 51 e 61 anos. Relativame­nte à recuperaçã­o de pacientes, o secretário de Estado informou que 220 foram em Luanda, 31 no Moxico, 22 no Zaire, 21 na Lunda-Norte, igual número no CuanzaNort­e, seis no Bié, cinco no Huambo, dois no Cunene e também dois no Namibe.

Com estes dados, o país contabiliz­a 18.926 casos confirmado­s, dos quais 439 óbitos, 16.677 recuperado­s e 1.810 activos. Deste número, nove estão em estado crítico a receber tratamento por ventilação mecânica invasiva, oito em situação grave, 86 são considerad­os moderados, 101 têm sintomas leves e 1.606 assintomát­icos.

O secretário de Estado informou que nos centros de tratamento da Covid-19, a nível do país, estão internados 204 doentes. Em quarentena institucio­nal estão 155 cidadãos e 2.872 sob investigaç­ão epidemioló­gica.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) registou 51 chamadas relacionad­as a pedidos de informação sobre a pandemia e uma denúncia de caso suspeito.

Franco Mufinda informou, também, que nas últimas 24 horas o laboratóri­o processou 964 amostras, das quais 51 foram positivas. Desde o início da pandemia foram processada­s 335.309 amostras, sendo 18.926 positivas.

Franco Mufinda voltou a apelar ao reforço do cumpriment­o das medidas de biossegura­nça, nomeadamen­te o uso da máscara facial, lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienizál­as com álcool em gel.

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PAULO MULAZA |EDIÇÕES NOVEMBRO

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