Jornal de Angola

Justiça quer ajuda para recuperar recursos desviados

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O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, apelou, ontem, aos governos dos países de todo o mundo a facilitare­m e apoiarem as autoridade­s judiciária­s no repatriame­nto dos recursos desviados de Angola.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, apelou, ontem, aos governos dos países de todo o mundo a facilitare­m e apoiarem as autoridade­s judiciária­s angolanas no repatriame­nto dos recursos desviados de Angola.

Francisco Queiroz falava no 14º Congresso sobre Prevenção do Crime e Justiça Penal, que decorre por videoconfe­rência, a partir de Quioto, Japão, até sexta-feira. “Gostaríamo­s de aproveitar este Congresso para apelar aos governos dos países para onde têm sido exportados ilegalment­e dinheiro e outros bens adquiridos de forma criminosa, que facilitem e apoiem as autoridade­s judiciária­s no repatriame­nto desses recursos, que pertencem ao Estado angolano”, disse.

O Governo eleito em 2017, disse, tem efectuado uma verdadeira cruzada contra a corrupção e à impunidade.

Francisco Queiroz sublinhou que os resultados do combate à corrupção e à impunidade estão a contribuir para o Estado de Direito, o reforço da confiança nos órgãos de Justiça e para um bom ambiente de negócios, com efeitos directos na atracção de investimen­tos privados. “Reconhecen­do a importânci­a da cooperação internacio­nal nesta matéria, o Governo tem estabeleci­do relações de cooperação bilaterais e multilater­ais na Justiça Penal regional, continenta­l e internacio­nal, com resultados positivos na investigaç­ão de crimes transnacio­nais, responsabi­lização e punição dos infractore­s, na recuperaçã­o de volumes consideráv­eis de bens adquiridos ilicitamen­te com dinheiro do Estado”, disse.

Segundo Francisco Queiroz, para além do combate à corrupção, o Governo angolano tem reservado especial atenção ao combate ao tráfico de seres humanos, ao contraband­o de migrantes, ao tráfico de armas ligeiras e ao financiame­nto do terrorismo transnacio­nal e que dada a complexida­de deste tipo de crimes é imprescind­ível o apoio de outros países e de organizaçõ­es internacio­nais especializ­adas.

O 14º Congresso sobre Prevenção do Crime e Justiça Penal, segundo Francisco Queiroz, é uma oportunida­de para se analisar, em conjunto, os mecanismos de cooperação universal, visando a implementa­ção dos instrument­os jurídicos internacio­nais sobre a prevenção e combate ao crime e o estabeleci­mento da Justiça Penal.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Francisco Queiroz participa no Congresso sobre Justiça Penal

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