Tunísia acusa Uganda de adulteração de idade
Derrick Kakooza, autor de três golos na partida que ditou a eliminação dos queixosos é um dos principais suspeitos
A Federação Tunisina de Futebol (FTF) apresentou uma queixa à Confederação Africana de Futebol (CAF), na qual acusa o Uganda, adversário com que perdeu por quatro bolas a uma nas meiasfinais do Campeonato de Sub20, de utilizar vários jogadores acima do limite de idade permitida pelos regulamentos da competição.
Em conferência de imprensa realizada em Nouakchott, capital da Mauritânia, as Águias de Cartago suspeitam que os adversários colocaram em campo vários jogadores com idades não autorizadas.
“A Tunísia apresentou queixa à CAF ostentando fichas de três jogadores ugandeses que ultrapassaram a idade exigida”, anunciou o responsável de comunicação da Federação da tunisina, Kaïs Reguez.
A principal suspeita recai sobre Derrick Kakooza, autor de um hat-trick na partida que ditou a eliminação dos queixosos na última segundafeira e que é o melhor artilheiro do torneio com cinco golos apontados.
A Tunísia garante que a luta vai além do simples enquadramento dos interesses pessoais e não pede a desqualificação do Uganda, mas quer que a Confederação Africana de Futebol (CAF) resolva esse problema de uma vez por todas.
“Não é uma denúncia, mas queremos alertar a CAF. Desejamos muita sorte às duas selecções finalistas, mas, por princípio, temos de resolver o problema de adulteração de idades nas nossas competições”, defendeu Raguez.
O dirigente tunisino apresentou à CAF uma iniciativa da FTF sobre a criação de um passaporte antifraude de idade: “Podemos pensar em chamá-lo de passaporte desportivo ou médico, mas deve ser um documento que permita traçar a carreira dos jogadores para um melhor acompanhamento e para a organização de competições mais justas e transparentes”.