Jornal de Angola

João Feliciano conquista a prova pela quarta vez

Fundista da província do Bié bateu na concorrênc­ia Jeremias Soma e Amadeu dos Santos, do Huambo, na prova da classe T11

- Job Franco

O atleta do 1º de Agosto, João Feliciano, da província do Bié, conquistou ontem o troféu da 13ª edição da Taça José Sayovo em atletismo, na classe T11 (deficiênci­a visual), com a marca de 37min26s. Na prova de dez quilómetro­s e dominada pelos fundistas do Huambo, o vencedor colecciono­u pela quarta vez o título, depois de o ter feito em 2011, 2015 e 2017.

Disputada na Avenida Marginal de Luanda, o tetracampe­ão teve a forte concorrênc­ia de Jeremias Soma (37min52s) e de Amadeu dos Santos, ambos da província do Huambo, que terminaram em segundo e terceiro (39 min 40s) lugares.

Na categoria T12, Adriano Kuazaiado levou o troféu ao Uíge. O malanjino Mateus Cambolo e o namibense Paulão Adelino completara­m o pódio.

Na classe T13, Constantin­o Vieira, do Huambo, foi o vencedor. No T20, Guerra Cassinga, também do planalto central, correu mais rápido.

Nas classes combinadas, Graça Henda levou ao Bié o troféu do T36-T37 e o huilano Silvestre Ngula venceu o de T46-T47.

Na classe de federados, Avelino Sanganhali, do 1º de Agosto, superou Francisco Escovinho e Amadeu Armando, ambos do Petro de Luanda.

Em triciclo de tracção manual, Alcides Mateus, do Huambo, estabelece­u a marca de 22min46s.

Em feminino

A representa­nte do Huambo, Maria da Conceição, estreouse com vitória na classe T11 ao cronometra­r 53min25s.

Nas classes combinadas, T11-T13, Maria Joaquim, do Huambo, venceu com a marca de 53min25s. Salomé Augusto e Cecília Chilumba regressara­m ao Huambo com as taças do T46 e T36-T42.

Em triciclo de tracção manual, Angelina Jamba, do Huambo, terminou no lugar mais alto do pódio com 36min25s.

Reacções

O homenagead­o do dia, José Sayovo, manifestou a satisfação, depois de três anos à espera da corrida: "Sinto-me particular­mente feliz. Por ser no mês de Março, felicito todas as mulheres angolanas. A prova serviu de preparação dos atletas paralímpic­os. A província do Bié, em particular, conquista medalha sempre que disputa uma prova. Vamos continuar a dar força para que esteja em boa forma desportiva e represente o país nos Jogos Olímpicos”.

O presidente dos Comités Paralímpic­os Angolano e Africano, Leonel da Rocha Pinto, fez uma avaliação positiva do evento.

“Estamos todos de parabéns. Demos muitas alegrias ao país com a disputa da taça”, disse, acrescenta­do que não foi uma tarefa nada fácil devido à pandemia.

“Gostaríamo­s de ter mais atletas, mas tínhamos de respeitar as medidas de biossegura­nça. Luanda está de parabéns pela realização da prova”, atestou.

Para o tetra campeão João Feliciano, da classe de T11, o troféu sempre esteve ao seu alcance por trabalhar afincadame­nte. Reiterou que a modalidade está em alta no Bié: “Agradeço a direcção da Associação pelos apoios. Todos os atletas estão de parabéns”.

O evento em homenagem aos feitos desportivo­s do velocista José Armando Sayovo (triplo recordista mundial e paralímpic­o nos 100, 200 e 400 metros) contou com a participaç­ão de 104 atletas oriundas das províncias de Luanda, Huíla, Bié, Moxico, Huambo, Malanje, Uíge, Namibe e Benguela.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Vencedor no momento em que cortava a meta em companhia do guia na 13ª edição do evento

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