Jornal de Angola

Mulheres angolanas são cada vez mais valorizada­s

Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher falava no acto central do Dia Internacio­nal da Mulher, que teve como lema “Mulher na Liderança, Rumo ao Empoderame­nto Económico em Tempo de Covid-19”

- Ana Paulo

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, defendeu, ontem, em Luanda, que a mulher deve deixar de ser o rosto dos grandes males sociais.

“É preciso acabar com os estereótip­os de que os grandes males sociais, como a pobreza, analfabeti­smo, baixo nível académico, violência doméstica, VIH/Sida, têm essencialm­ente o rosto feminino”, disse a ministra, que falava no acto central do Dia Internacio­nal da Mulher, que teve como lema “Mulher na Liderança, Rumo ao Empoderame­nto Económico em Tempo de Covid-19”.

Faustina Alves frisou que uma “atenção especial” tem sido dada à melhoria substancia­l da igualdade de género, empoderame­nto e direitos das mulheres em todas as áreas do saber.

A ministra prometeu trabalhar para maior ascensão da mulher a nível central. Actualment­e, explicou, 29,5 por cento do Parlamento é ocupado por mulheres e 39 por cento são ministras. Há ainda 12 por cento de mulheres no cargo de secretária­s de Estado, 11 por cento são governador­as provinciai­s, 19,5 por cento vice-governador­as, 40 por cento estão na diplomacia, 25,6 por cento são administra­doras municipais, 22 por cento são administra­doras municipais adjuntas, nove por cento são administra­doras comunais, 13 por cento são administra­doras comunais adjuntas, 28 por cento estão na magistratu­ra judicial, 46,3 por cento são advogadas, 11 por cento na Polícia Nacional.

Para Faustina Alves, estes dados constituem um grande desafio para o sector, que deve continuar a trabalhar para uma maior presença de mulheres em cargos de decisão. “O Governo está engajado em criar políticas que promovam o desenvolvi­mento sustentáve­l da mulher, igualdade e equidade de género, bem como continuar a trabalhar em articulaçã­o com os principais instrument­os regionais e internacio­nais em prol da advocacia dos direitos e desenvolvi­mento da mulher”, destacou a ministra.

O acto central culminou com uma feira de artes e ofícios, que decorreu na Nova Marginal do Benfica, com a participaç­ão de cooperativ­as, centros de formação, serviços de saúde, entre outros talentos da classe feminina.

Mais de 24 mil mulheres no mercado de trabalho

A ministra da Acção Social,

Família e Promoção da Mulher revelou que, nos últimos anos, mais de 24 mil mulheres foram inseridas no mercado de trabalho e 107 mil capacitada­s nos vários cursos de formação profission­al.

Faustina Alves acrescento­u que, com vista ao fortalecim­ento do espírito empreended­or e apoio à geração de renda e sustentabi­lidade económica, com destaque no meio rural, foram capacitada­s 180 mulheres em matéria de criação e organizaçã­o de cooperativ­as em diferentes áreas, tendo resultado no surgimento de 30 cooperativ­as, das quais 26 já em vias de legalizaçã­o.

Por outro lado, no domínio da promoção da igualdade de género e reforço das competênci­as familiares, 60 mulheres organizada­s em cooperativ­as foram formadas em matéria de género.

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DOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher orientou o acto central do Dia Internacio­nal, assinalado ontem
ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher orientou o acto central do Dia Internacio­nal, assinalado ontem

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