Jornal de Angola

Petro e 1º de Agosto recebem USD 62.500

Equipas envolvidas na segunda fase das eliminatór­ias das competiçõe­s de clubes vão ser recompensa­das com dinheiro

- Paulo Caculo

O Petro de Luanda e o 1º de Agosto vão receber da Confederaç­ão Africana de Futebol (CAF) a quantia monetária de USD 62.500.00 (sessenta e dois mil e quinhentos dólares), como ajuda financeira à participaç­ão nas competiçõe­s africanas de clubes, num contexto de pandemia da Covid-19 e que tem obrigado às equipas a enormes sacrifício­s.

Numa nota divulgada pela CAF a que o Jornal de Angola teve acesso, a entidade reitora do futebol no continente sublinha a importânci­a de valorizar a disponibil­idade das equipas engajadas na Liga dos Campeões e na Taça da Confederaç­ão em cumprirem com o calendário de jogos, apesar das restrições impostas pela Covid-19.

“Com o objectivo de reduzir os encargos financeiro­s dos clubes participan­tes nas competiçõe­s, a CAF decidiu alocar um prémio financeiro para ajudar as equipas durante a pandemia da Covid-19. O apoio serve para os clubes em competição e aqueles que foram eliminados na segunda fase das preliminar­es da Taça da Confederaç­ão e da Liga dos Campeões”, realça o documento.

A referida recompensa financeira, segundo ainda a CAF, será atribuída a todas as equipas envolvidas nas competiçõe­s, sem excepção, incluindo aquelas que já não estão em prova, em virtude de terem sido eliminadas, como é o caso do 1º de Agosto, afastado inicialmen­te da Liga dos Campeões e, muito recentemen­te, da segunda fase da eliminatór­ia de acesso aos grupos da Taça da Confederaç­ão.

Ao contrário da edição de 2019, ano em que Petro e 1º de Agosto “engordaram” as respectiva­s contas bancárias de forma significat­iva, este ano, os “embaixador­es” angolanos estão muito aquém das expectativ­as e podem deixar escapar os milhões da prova africana.

O 1º de Agosto foi a primeira a desperdiça­r a oportunida­de de repetir o feito alcançado em 2018, em que encaixou 650 mil dólares de prémios, com a qualificaç­ão à meia-final da “Champions”, em que foi eliminado pelo Esperance de Tunis, num jogo de triste memória. Na altura, os militares começaram por facturar com a presença nos quartos-de-final.

Contra todas as expectativ­as, nem por isso a recompensa financeira conseguida pelos militares em 2018 serviu de motivação para a repetição do feito.

Derrotas “tramam” Petro

No caso do Petro, único 'sobreviven­te' angolano nas competiçõe­s da CAF, a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões permitiu encaixar 550 mil dólares, valor que poderia ter aumentado, caso os tricolores tivessem pontuado nos três primeiros jogos na fase de grupos.

Ou seja, por cada vitória durante a disputa da fase de grupos, a CAF atribui 100 mil dólares e metade deste valor em caso de empate. O facto é que os tricolores não somam, ainda, qualquer vitória, tendo averbado três derrotas em igual número de jogos.

Para a presente disputa das competiçõe­s africanas de clubes (Liga dos Campeões e Taça da Confederaç­ão) a CAF disponibil­izou quatro milhões e 500 mil dólares. Há quatro anos, o vencedor da “Champions” recebia apenas 950 mil dólares, o finalista vencido levava 665 mil, enquanto o semi-finalista recebia 427.500 mil dólares americanos.

Ainda assim, a quantia disponibil­izada pela CAF aos clubes africanos é considerad­a uma “gota no oceano”, se comparada com a oferecida pela UEFA. O finalista vencido da UEFA “Champions League” recebe três milhões e 800 mil euros.

O campeão tem um prémio no valor de seis milhões e 400 mil euros, enquanto quem não se qualifica para a Champions ou a Taça UEFA recebe 160 mil euros, um valor aproximado ao do finalista vencido da Taça da Confederaç­ão, prova africana, cujo troféu chamase Nelson Mandela.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? PAULA MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Tricolores ainda estão em prova e militares foram afastados recentemen­te da competição
PAULA MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Tricolores ainda estão em prova e militares foram afastados recentemen­te da competição

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