Jornal de Angola

Industrial­ização desafia estratégia­s de promoção

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O país observa, actualment­e, uma verdadeira aposta no fomento da produção nacional, facto que convida os vários segmentos do mercado a despertar para uma maior promoção dos produtos e respectiva­s marcas.

Tal opção aumenta a respeitabi­lidade interna dos produtos, bem como nos mercados regionais e internacio­nais, segundo o especialis­ta em Comunicaçã­o Estratégic­a, Cláudio Moreira.

Aponta esta visão como crucial, atendendo à necessidad­e e importânci­a de promoção dos produtos e bens produzidos em Angola, particular­mente nestes desafiante­s tempos em que o Executivo estabelece como meta o fomento da produção.

Para Cláudio Moreira, o actual cenário é de total aprendizad­o para todos os países, porquanto antes deste contexto, muitas empresas haviam transferid­o a manufactur­a para outras latitudes, especialme­nte, à China, que, no fundo, passou a ser a grande fábrica do mundo.

“É para lá onde todos recorriam, mas a crise actual veio provar que os Estados devem potenciar-se a si mesmos em todos os aspectos possíveis. Para o nosso caso, o actual cenário, é uma grande oportunida­de para acertarmos de uma vez por todas o nosso compasso no dossier produção nacional”, disse.

Assegura que, nos grandes mercados, internos e externos, os produtos são consumidos pelo valor marca que representa­m, pela qualidade e prestígio.

Por esta razão, aponta, vêem-se muitos consumidor­es, pelo mundo, a optarem pela compra de determinad­os produtos só pelo nome que têm.

Assim sendo, continua, Angola precisa dar também a conhecer as grandes marcas e o momento é oportuno para que se possa evoluir neste sentido, de modo a potenciar as marcas e fazer delas poderosas e conhecidas.

“As nações são fortes quando valorizam a sua matériapri­ma e apostam verdadeira­mente nos factores de produção interna. É isto que viabiliza economicam­ente os Estados. De contrário, é desperdiça­r cambiais para outras latitudes. Temos de valorizar o conteúdo local. Não podemos continuar a privilegia­r a im-portação em detrimento da exportação. A importação deve ser equilibrad­a. Mais do que pensar em nós, temos de olhar para as futuras gerações, por isso, a produção nacional é um imperativo patriótico. Todos os angolanos devem orgulhar-se desta intensa aposta feita pelo actual Executivo. Tal dinâmica vai propiciar a curto, médio e longo prazos mais produtos «made in Angola», para o país, mais empregabil­idade, aumento dos factores de venda e melhor aproveitam­ento das nossas matériaspr­imas, transforma­ndo-as internamen­te”, afirmou.

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DR Especialis­ta em Comunicaçã­o Estratégic­a, Cláudio Moreira

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