VIOLÊNCIA MATA CINCO PESSOAS NO SENEGAL
Cinco pessoas, incluindo um estudante, foram mortas em dias de confrontos que eclodiram após a prisão de um líder da oposição, a pior violência em anos num país geralmente visto como um farol de estabilidade numa região volátil. Pessoas incendiaram carros, saquearam lojas e atiraram pedras contra a Polícia durante os protestos, o que destacou queixas de longa data sobre padrões de vida e exclusão económica no Estado da África Ocidental. A agitação alarmou as Nações Unidas e os vizinhos do Senegal, que apelaram a todas as partes para mostrarem moderação. O provedor de Justiça do Governo do Senegal,
Alioune Badara Cissé, também pediu, no domingo, que Macki Sall respondesse à violência, enquanto o país se preparava para uma nova onda de protestos da oposição, marcada para ontem. “O povo senegalês quer ouvi-lo”, disse Cissé em conferência de imprensa na capital, Dacar. “Por que diabos você não falaria com eles?” “Faça isso antes que seja tarde demais”, acrescentou Cissé, que anteriormente actuou como ministro das Relações Exteriores de Sall, mas cujo papel como provedor de Justiça é mediar entre as instituições governamentais e salvaguardar os direitos humanos. Os confrontos começaram na quarta-feira, após a prisão do líder da oposição, Ousmane Sonko, e transformaram-se em protestos nacionais que só diminuíram no sábado.