Jornal de Angola

Patrícia Mamona brilha com ouro

Triplista descendent­e de angolanos conquistou pela terceira vez o título na competição disputada em Turun-Polónia

- Francisco Carvalho

Patrícia Mamona voltou a brilhar no Campeonato Europeu de Pista Coberta. A descendent­e de angolanos fechou com a medalha de ouro a participaç­ão de Portugal no evento que decorreu de 4 a 7 do corrente em Turun, Polónia, e conquistou o título de triplo salto pela terceira vez.

Em terras polacas, Mamona levou a bandeira ao lugar mais alto do pódio com a marca de 14,53 metros.

Para completar o cenário, a alemã Neele Eckhardt estabelece­u 14,52 metros, a mesma marca da espanhola Ana Peleteiro na terceira posição.

Mamona fez uma prova de enorme qualidade, depois de vencer as qualificaç­ões com um salto de 14,43 metros, a um centímetro do recorde de Portugal. O prémio resultou da terceira tentativa, depois de estabelece­r duas boas marcas: 14,35 e 14,38 metros.

A selecção portuguesa composta por 17 elementos alcançou na história do campeonato Europeu de Pista Coberta a maior surpresa no quadro de medalhas final. As três de ouro obtidas por Patrícia Mamona, Auriol Dongamo e Pedro Pichardo catapultar­am os tugas para o segundo lugar e deixaram as grandes potências mundiais em sobreaviso. A conquista é a melhor de sempre, depois de Estocolmo em 1996. Apenas duas medalhas de ouro pintavam a história.

Auriol Dongamo estreou-se na competição e foi o maior out-sider no lançamento de peso. Na sua primeira internacio­nalização por Portugal arredou para lugares subsequent­es os alemães, os principais derrotados.

O luso-cubano Pedro Pichardo teve de se aplicar a fundo para conquistar a primeira medalha de ouro para Portugal. A marca de 17,30 metros no triplo em Turun é o culminar da preparação que perdura há dois anos, desde que veste as cores da bandeira tuga.

Na festa decorrida na cidade polaca de Turun, o espanhol Oser Husilhos chamou a si o título de campeão dos 400 metros livres.

Na lista de consagraçã­o está Nafassitou Thiam. O belga foi o mais resistente e conquistou a medalha de ouro na prova de pentatlo. A terra do Rei Filipe Leopoldo Luís Maria viu ainda Elisa Vanderelst erguer o ouro dos 1500 metros.

Os atletas dos países baixos aproveitar­am bem a ausência da Rússia, suspensa a nível internacio­nal. Os homens e as mulheres conquistar­am as medalhas de ouro nas estafetas de 4x400 metros. Os títulos juntaram-se ao esperado ouro de Nadine Visser, nos 60 metros barreiras.

A liderança mundial da época estendeu-se à Ucrânia. Maryna Beckh-Romanchuk rompeu a barreira do ar e saltou 6,92 metros na prova de compriment­o. A compatriot­a Yaroslava Mahuchikh triunfou no salto feminino sem surpresas.

No salto com vara, o recordista mundial Armand Duplantis fez o que se esperava e conquistou com facilidade a prova. Em busca de recorde do planeta, as tentativas do sueco redundaram em fracasso. A sueca Angelica Moser conquistou a prova feminina.

Nas provas combinadas, o recordista mundial voltou a evidenciar a força, tenacidade e abnegação. O francês Kevin Meyer dominou o heptatlo. O atletismo gaulês somou também a vitória de Wilhem Belocian na prova de 60 metros barreiras.

Depois de ver Marcin Lewandowsk­i a perder diante de Jakob Ingerbrits­en e Ewa Swoboda impedida de alinhar na corrida de 60 metros por estar infectada com o novo coronavíru­s, a Polónia sorriu com a vitória de Patrik

Dobek nos 800 metros. A britânica Keely Hodgkinson regressou à terra da Sua Majestade Elizabeth II com a medalha de ouro nos 800 metros femininos.

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