Patrice Motsepe é candidato único
O sul-africano Patrice Motsepe é concorrente único ao cargo de presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), depois da renúncia do pretendente mauritaniano Ahmed Yahya, o que ainda se mostrava inflexível. O bilionário vê assim o caminho livre para a corrida, na Assembleia-Geral electiva a ser realizada na próxima sexta-feira, 12, em Rabat, capital de Marrocos.
A possibilidade abre-se para o sul-africano, depois das renúncias feitas antes pelo senegalês Augustin Senghor e pelo marfinense Jacques Anouma, a que se seguiu agora um comunicado lançado no último sábado pelo mauritaniano Ahmed Yahya, último candidato de quem ainda se esperava enfrentar o “amigo de eleição da FIFA” Patrice Motsepe.
Na versão apresentada no comunicado, Ahmed Yahya justificou a desistência em nome do "futuro da CAF e do futebol africano".
Os quatro candidatos reuniram-se novamente no último domingo, em Nouakchott, na Mauritânia, um dia após a final do CAN Sub-20, a fim de ratificar oficialmente o "protocolo de Rabat", que descreve a desistência dos outros três concorrentes da África do Oeste em troca de posições-chave no futuro organigrama da CAF.
Assim, Patrice Motsepe assume a presidência com coadjuvação do primeiro vice-presidente Augustin Senghor e de segundo vicepresidente Ahmed Yahya. Jacques Anouma vai ser o assessor para a presidência.
Com a renúncia do candidato mauritaniano, Gianni Infantino, o presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), vai colocar em prática o plano de supervisionar a CAF a partir de Zurique, sede da instituição.
O franco-suíço já havia manifestado o desejo no ano passado, devido às incoerências atribuídas aos dirigentes confederativos africanos, acusados de excessivos actos de corrupção no exercício das funções.