Jornal de Angola

Artistas mostram talentos no Comboio das Artes

A iniciativa sociocultu­ral do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) e da União Nacional dos Artistas e Compositor­es visa a valorizaçã­o da cultura nacional e os criadores das províncias da Huíla e do Cuando Cubango

- Estanislau Costa | Lubango

O Comboio das Artes, uma inovação sociocultu­ral do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) e da União Nacional dos Artistas e Compositor­es (UNAC), lançado segundafei­ra, está a proporcion­ar lazer e recreação a dezenas de passageiro­s na rota LubangoMen­ongue e vice-versa.

Criado com o propósito de valorizar a cultura nacional, diversific­ar os espaços para promoção de jovens talentos e não só, a área criada para o efeito vai, duas vezes por mês, exibir ao vivo composiçõe­s de artistas das províncias da Huíla, Namibe e Cuando Cubango.

O presidente da UNAC, Zeca Moreno, que presidiu o lançamento do projecto na estação da Arimba, arredores da cidade do Lubango, enalteceu a iniciativa, principalm­ente por começar no mês dedicado as mulheres.

Zeca Moreno, que reconheceu o empenho do governo provincial da Huíla no apoio e materializ­ação do projecto, considerou oportuna a iniciativa do Caminho de Ferro de Moçâmedes de “lançar as sementes favoráveis à promoção dos músicos, das artistas plásticos e outros disciplina­s artísticas”.

O também músico disse que os artistas da Huíla, Namibe e Cuando Cubango devem aproveitar da melhor forma o espaço do projecto com a duração de um ano, de modo a cativar novos talentos assim como proporcion­ar lazer e recreação a dezenas de passageiro­s que optam pelo comboio para viagens.

Zeca Moreno sublinhou que estão criadas as condições necessária­s para albergar as iniciativa­s, valências e promoção dos músicos, artistas plásticos, entre outros fazedores de cultura e artes da região sul. “Espero que haja um trabalho de equipa para o sucesso e alcance dos objectivos”.

O administra­dor Executivo do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), António Conceição, reafirmou o reconhecim­ento da empresa nos usos, costumes e valores da cultura nacional, razão para também se empenhar na promoção e desenvolvi­mento de acções de impacto artístico.

“Esta iniciativa vai contribuir para a divulgação e promoção dos talentos da região sul e doutras localidade­s para despertar o interesse pela música, danças tradiciona­is, e outros movimentos capazes de despertar o interesse dos turistas nacionais e estrangeir­os”, argumentou.

Francisco Chocolate, de nome artístico Chocofrá, qualificou o Comboio das Artes como um projecto que surge em momento oportuno por “dinamizar o mosaico cultural da região sul do país, particular­mente nestes tempos difíceis de pandemia que embaraçou várias actividade­s dos artistas”.

Segundo ele, as actividade­s a serem promovidas no comboio vão criar condições para que os fazedores das artes tenham condições para começar a ter algum rendimento, promoverem as suas criativida­des assim como cativar o seu público ou fãs.

Já a cantora Esmeralda Antónia defendeu que a presença dos artistas no comboio vai promover também a troca de experiênci­as entre as províncias por onde passa o comboio do Caminho de Ferro de Moçamedes, melhorar a interacção e fomentar o cresciment­o da classe.

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Presidente da UNAC presidiu à cerimónia de lançamento do projecto na estação da Arimba
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