Detido o militar suspeito de provocar explosões
As autoridades da Guiné Equatorial detiveram um militar das forças especiais, suspeito de ter provocado as explosões no quartel de Nkuantoma, que mataram 105 pessoas, anunciou, ontem, o Vice-Presidente equato-guineense, Teodoro Nguema Obiang.
“Detivemos um militar das forças especiais como suspeito de ter provocado a catástrofe que aconteceu no acampamento de Nkuantoma, mas, para tranquilidade de todos, investigação continua aberta”, escreveu Teodoro Nguema Obiang, conhecido como 'Teodorin', numa publicação na sua conta na rede social Twitter, citada pela Efe.
A cidade portuária de Bata, na parte continental da Guiné Equatorial, foi abalada no domingo por uma série de explosões num quartel militar, que provocaram a morte a pelo menos 105 pessoas e ferimentos em outras 615, além de um número indeterminado de desalojados e avultados danos materiais.
Imediatamente após as explosões, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, anunciou ter pedido às instâncias competentes para conduzirem uma investigação, afirmando que foram causadas por queimadas em “terras próximas” e por “negligência da unidade” encarregada de proteger os explosivos.
Duas Organizações NãoGovernamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos pediram uma investigação independente às explosões de domingo. O partido opositor ilegalizado Cidadãos pela Inovação (CI) da Guiné Equatorial exigiu uma investigação judicial à instalação e gestão dos arsenais militares em todo o país, considerando haver indícios de “negligência grave” que deveriam levar à demissão do Governo.