Organização administrativa
era um colonato de portugueses que se dedicavam ao comércio, como confirmam as características das actuais habitações geminadas entre lojas e residências, que resistem ao tempo. Quase todos os colonos conciliavam a actividade mercantil com a produção de café nas florestas que circundam a vila.
À época, a circunscrição de Ndanji a Kitexi dependia da jurisdição administrativa do Cuanza-Norte até à sua desintegração e fixação à província do Uíge, em Julho de 1961 (portaria 11740/26/61) para facilitar a contraposição das investidas dos nacionalistas.
O Concelho do Dange, cuja sede era o colonato de Kitexi, administrativamente era formado pelos Ndembu a Mbwila, Ndambi a Ngola, Ndembu a Mufuki e Ndembu a Kitexi, sendo habitado desde sempre pelos povos Ngola e Hungu, cuja coabitação com os colonos nunca foi pacífica.
Os Hungu encontravam-se organizados em 15 aldeias: Kitoki, Kimasabi, Talambanza, Kwale, Bumbe, Mungaji, Katenda, Aldeia, Nzenza Kamuti, Kimulangi, Kahunda, Tabi, Kombo, Kimukanda e Katulo. Os Ngola tinham seis aldeias: Mbwila, Kimbinda, Lueji, Taela, Kakuacu e Ndambi a Nngola.
A cada um destes Ndembu correspondia a uma regedoria, na organização administrativa colonial. Kitexi acolhia as localidades da Vila Viçosa, Vista Alegre e Kambamba, que na opinião de Arlindo de Sousa, um português que residiu nesta região até 1961, estas eram meras povoações comerciais.
A desanexação de Kitexi do Concelho de Ambaca e Ndanji do Concelho dos Ndembu, ambos integrantes do então distrito do Cuanza-Norte, foi forçada na sequência dos acontecimentos do 15 de Março. O objectivo era corrigir a distância de 300 quilómetros que separam Ndalatando a Kitexi em relação aos 40 da sede do Uíge a Kitexi. Para facilitar as manobras militares contra os insurgentes em Ndanji a Kitexi (Dange/Quitexe na ortografia portuguesa) foi então integrada na jurisdição do Uíge.