Centro-africanos foram ontem às urnas
Debaixo de fortes medidas de segurança, os cidadãos da República Centro-Africana votaram, ontem, na segunda volta das eleições parlamentares, cuja primeira volta foi marcada por ataques de rebeldes aos arredores da capital, Bangui.
A segunda volta da votação de ontem decorreu em 49 distritos eleitorais enquanto 69 outros distritos votavam, ainda para a primeira volta porque em Dezembro a violência impediu a votação nessas zonas.
Em Dezembro, Faustin Archange Touadéra foi reeleito Presidente, mas os rebeldes que a ONU diz serem apoiados pelo ex-Presidente François Bozizé tentaram apoderar-se do poder no meio de alegações de irregularidades na votação.
Em Janeiro, os rebeldes cercaram a capital, Bangui, forçando dezenas de milhar de pessoas a fugirem da cidade. Ontem, a votação decorreu sem problemas de maior na capital, onde pequenas filas de residentes podiam ser vistas nos locais de voto sob a vigilância de grande número de soldados e polícias. O Governo e a missão da ONU no país, expressaram a confiança que a votação iria decorrer sem violência devido à presença de uma maior segurança e também porque desde Janeiro os rebeldes sofreram pesadas derrotas.
Contingente militar
O Conselho de Segurança da ONU, aprovou, na madrugada de sábado, uma resolução que prevê o aumento gradual de cerca de três mil militares na RCA, ainda ameaçada por milícias que pretendem reclamar o poder no país. Segundo anunciou, ontem, a AFP, a resolução foi aprovada por 14 dos 15 países que compõem o Conselho de Segurança da ONU. Apenas a Rússia, que tem uma grande presença na RCA, se absteve.
A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) tem um orçamento anual de cerca de um bilião de dólares e é uma das maiores operações da Organização das Nações Unidas no mundo. O reforço do contingente surge depois de um apelo feitos pelos líderes da RCA e pelo SG da ONU António Guterres.