Jornal de Angola

Campanha de vacinação começa hoje em São Tomé

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A campanha de vacinação contra a Covid-19 arranca hoje em São Tomé e Príncipe, garantiu ontem, a coordenado­ra do processo, Solange Vila Nova, sublinhand­o que estão criadas as condições para o efeito

O Ministério da Saúde criou 15 locais de vacinação em todo o país, três dos quais em Água Grande, o distrito mais populoso e onde a incidência de contaminaç­ão e morte pelo novo coronavíru­s é maior, designadam­ente o Centro Hospitalar de São Tomé, Centro Policlínic­o e a enfermaria do Quartelgen­eral das Forças Armadas.

Os restantes cinco distritos e a Região Autónoma do Príncipe têm dois locais de vacinação cada.

A campanha vai decorrer em quatro fases distintas e termina em 2022, altura em que o Governo prevê que estejam vacinadas pelo menos 70% da população.

"A primeira fase vai abranger 3% da população, a segunda 17%, a terceira 30% e outros 25% serão vacinados na quarta fase",explicouSo­langeVilaN­ova.

A primeira e segunda fases da campanha serão cobertas pelas 24 mil doses de vacina AstraZenec­a fornecidas pela Covax, devendo a terceira e quarta etapas ficarem dependente­s de "recursos a mobilizar".

"Ainda estamos numa fase inicial, o plano foi traçado para 70%, mas o processo visa abranger toda a população.

Isso vai depender muito das condições que estiverem disponívei­s", disse a responsáve­l.

"As vacinas estão a chegar por lote, de maneira faseada, não tendo a disponibil­idade total das mesmas no momento, optamos por vacinar por fases", acrescento­u a coordenado­ra da campanha, para esclarecer por que razão fica sem vacinar 30% da população.

De acordo com o Governo, durante a primeira e segunda fase serão vacinados 1.766 profission­ais de Saúde, 112 assistente­s sociais de instituiçõ­es de cuidados e 4.356 idosas em Instituiçõ­es de Saúde e Comunitári­a, totalizand­o 6.234 cidadãos.

Cidadãos com idade a partir dos 65 anos, considerad­os pelo Ministério são-tomense da Saúde como estando "mais em risco", terão prioridade nas duas primeiras fases da campanha.

"Reparamos que o maior número de óbitos foi registado em pessoas com idade a partir dos 65 anos", justificou a médica Solange Vila Nova.

Dos 32 óbitos por Covid19 registados pelas autoridade­s sanitárias do país, nove situavam-se nesta faixa etária.

Funcionári­os das câmaras distritais que realizam funerais de óbitos por Covid-19, incluemse entre as pessoas directamen­te expostas à doença, mas não estão incluídas na lista de prioridade­s desta primeira fase de vacinação.

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