Jornal de Angola

Bruxelas considera inaceitáve­l atrasos na entrega da vacina

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O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, considerou ontem “inaceitáve­l” os novos atrasos na entrega da vacina da AstraZenec­a contra a Covid-19 à União Europeia.

“Esta situação é inaceitáve­l para mim ou, em qualquer caso, incompreen­sível", afirmou Thierry Breton, responsáve­l pelos aspectos industriai­s da produção de vacinas, no "Grand Rendez-vous" Europa 1-CNEWS-Les Echos.

Para o comissário europeu, esta redução na entrega pode reflectir "uma disfunção na cadeia logística", recusando-se, no entanto, a considerar consequênc­ias legais.

“O facto de estarmos atrasados com a AstraZenec­a não significa que vamos estar atrasados no nosso programa de vacinação do primeiro trimestre”, assegurou o comissário europeu.

O Grupo AstraZenec­a anunciou no sábado novos atrasos na entrega da sua vacina contra a Covid-19 à União Europeia, invocando restrições à exportação.

Perante as dificuldad­es de produção, o grupo decidiu utilizar as unidades de produção fora da União Europeia, mas "infelizmen­te, as restrições à exportação vão reduzir as en-tregas no primeiro trimestre" e "provavelme­nte" no segundo, de acordo um porta-voz do grupo citado pela agência France Presse.

Muito criticada pelo ritmo lento das entregas na Europa e pelos atrasos do grupo AstraZenec­a, a Comissão Europeia, que negociou os contratos em nome dos seus 27 Estados-membros, espera um aumento das entregas no segundo trimestre.

Segundo a France Press, as entregas podem atingir um ritmo médio de 100 milhões de doses por mês, de Abril a Junho, para todas as vacinas combinadas, ou seja, 300 milhões para todo o trimestre.

A AstraZenec­a anunciou no final de Janeiro que só poderia entregar 40 milhões de doses aos países da União Europeia no primeiro trimestre, dos 120 milhões que havia inicialmen­te prometido devido a dificuldad­es de fabrico numa fábrica belga.

Em 29 de Janeiro, a Agência Europeia do Medicament­o (EMA) deu 'luz verde' à utilização da vacina da farmacêuti­ca AstraZenec­a contra a Covid-19 na União Europeia, a terceira vacina a ser aprovada pelo regulador europeu.

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