Jornal de Angola

Jovens devem ser conhecedor­es dos factos históricos

Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, referiu que a efeméride deve ser vivida com entusiasmo, em memória dos angolanos que lutaram pela Independên­cia Nacional

- Victorino Matias| Cuango

O Governo angolano quer uma nova geração conhecedor­a dos factos históricos do país, para que se tenha a noção do quanto custou a conquista da Independên­cia Nacional, afirmou, no Cuango, o ministro do Interior, no acto central do 60º aniversári­o do 15 de Março.

O Governo apelou, ontem, aos jovens a conhecer os factos históricos do país, para que tenham a noção do quanto custou a conquista da Independên­cia Nacional.

Ao intervir no acto central nacional das celebraçõe­s do 15 de Março, data que assinala o Dia da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, referiu que a efeméride deve ser vivida com entusiasmo, devido ao sacrifício consentido pelos homens e mulheres que se rebelaram contra o regime colonial, culminando com o alcance da Independên­cia Nacional, a 11 de Novembro de 1975.

“A História registou uma longa lista de nacionalis­tas que se encontrava­m submetidos à pena de trabalhos forçados, muitos dos quais participan­tes na acção heróica do 4 de Fevereiro de 1961”, disse.

Para Eugénio Laborinho, nomes de nacionalis­tas como Afonso Dias da Silva, Agostinho Manuel Neto, Augusto Cardoso, Domingos Kazumbula, Imperial Santana, Lourenço Contreiras, Paiva Domingos da Silva, Salvador Sebastião, Virgílio Sotto Mayor e outros que devem ser exaltados, não apenas nas celebraçõe­s do 15 de Março, mas todos os dias.

“É com o espírito dos milhares de angolanos que se revoltaram contra o colonialis­ta português que nos devemos manter firmes. Devemos confiar nos jovens, nos homens, nas mulheres de Angola, nos velhos , idosos, polícias , militares , padeiros, agricultor­es e fazendeiro­s. Devemos todos confiar na nossa coragem, pois é grande a vontade de vencer. Temos de confiar em todos nós, para desenvolve­rmos o nosso país, como sonharam os que lutaram durante décadas contra a escravatur­a e tortura coloniais”, sublinhou.

O ministro reconheceu que o povo consente vários sacrifício­s, porquanto luta para sobreviver, para conseguir o que é essencial e básico na vida.

Populações vulnerávei­s Eugénio Laborinho salientou que no quadro das acções de Inclusão Produtiva que têm vindo a ser implementa­das em todo o país, particular­mente os do Projecto de Desenvolvi­mento Local (PDL) e do Programa de Fortalecim­ento da Protecção Social – Kwenda, o Fundo de Apoio Social ( FAS) , tem vindo a cadastrar e apoiar as populações vulnerávei­s, agrupadas em associaçõe­s, cooperativ­as ou organizada­s de forma individual e que desenvolve­m actividade­s em diversas áreas, como a agricultur­a, pecuária, pesca e comércio.

“Aqui, na Lunda-Norte, procedeu-se ao primeiro cadastrame­nto de 23.010 famílias no município do Cuango, abrangendo as comunas sede e Luremo, envolvendo 141 comunidade­s, entre bairros e aldeias, sendo esta acção inicial a considerar como etapa de inclusão no Programa Kwenda, onde se inserem também os ex-militares”, afirmou.

Eugénio Laborinho destacou que as acções de transferên­cias monetárias e inclusão produtiva para os primeiros beneficiár­ios no município do Cuango vão ser entregues ainda este semestre.

PIIM

O ministro do Interior recordou que o Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios ( PIIM) na Lunda-Norte, com uma carteira de 74 projectos, orçados em mais de 18 mil milhões e 921 milhões de kwanzas, já é uma realidade.

Actualment­e, 68 dos 74 projectos aprovados para a Lunda-Norte estão em curso, com níveis de execução física a rondarem 31 por cento contra 24 por cento da financeira.

Lembrou que das acções inscritas no PIIM destacamse 21 do sector da Educação, um projecto de terraplana­gem da via entre Cuango/Cafunfo, Luremo, até à fronteira com a República Democrátic­a do Congo(RDC).

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Eugénio Laborinho alertou que os nacionalis­tas devem ser lembrados todos os dias

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