Jornal de Angola

OMS continua a recomendar o uso da vacina da AstraZenec­a

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A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) continua a recomendar, por agora, a administra­ção da vacina da AstraZenec­a contra a Covid-19, cuja utilização foi suspensa por vários países devido a possíveis efeitos colaterais

"Neste momento, a OMS estima que o balanço risco/benefício está a inclinar-se a favor da vacina AstraZenec­a e recomenda que as vacinas continuem" a ser administra­das, refere um comunicado da agência das Nações Unidas citado pela agência francesa France Press.

A OMS sublinha ainda que os seus especialis­tas, cuja opinião é esperada, continuam a "avaliar" os dados sobre os problemas de saúde enfrentado­s por algumas pessoas vacinadas com esta vacina. Alguns países da União Europeia, incluindo Portugal, suspendera­m, temporaria­mente, a utilização da vacina da AstraZenec­a como medida de precaução baseada em relatos de casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam a vacina.

Outros países da UE - tendo considerad­o a mesma informação - decidiram continuar a utilizar a vacina nos seus programas de vacinação, adianta o comunicado da OMS. O Comité Consultivo Global para a Segurança das Vacinas da OMS está a avaliar os últimos dados de segurança disponívei­s para a vacina AstraZenec­a, sendo que uma vez concluída esta revisão, a OMS comunicará imediatame­nte as conclusões ao público, acrescenta.

No comunicado, a OMS refere que "a vacinação contra a Covid19 não reduzirá a doença ou as mortes por outras causas", sublinhand­o que os eventos tromboembó­licos são conhecidos por ocorrerem frequentem­ente.

"O tromboembo­lismo venoso é a terceira doença cardiovasc­ular mais comum a nível global", observa, lembrando, também, que em grandes campanhas de vacinação "é rotina" os países sinalizare­m eventos após a imunização. "Isto não significa necessaria­mente que os acontecime­ntos estejam ligados à própria vacinação, mas é uma boa prática investigá-los" e "mostra também que o sistema de vigilância funciona e que existem controlos eficazes", sublinha a OMS.

A Organizaçã­o Mundial da Saúde adianta ainda que está em contacto regular com a Agência Europeia de Medicament­os (EMA, sigla em inglês) e reguladore­s em todo o mundo para obter as últimas informaçõe­s sobre a segurança das vacinas contra a Covid-19.

Portugal suspendeu na segunda-feira a administra­ção da AstraZenec­a depois da Dinamarca, Bulgária, Noruega, Países Baixos, Islândia, Irlanda, Alemanha, França, Espanha, Itália e Eslovénia o terem feito.

Estes países invocaram o princípio da precaução após terem sido conhecidos casos de reacções adversas depois da administra­ção da vacina, que vão desde graves reacções alérgicas até episódios de tromboses provocadas por coágulos. Portugal recebeu cerca de 400 mil vacinas da AstraZenec­a, 230 mil já administra­das e 170 mil guardadas em armazém, segundo o coordenado­r da "task force", responsáve­l pelo plano de vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo.

A pandemia da Covid-19 provocou, pelo menos, 2.671.720 mortos no mundo, resultante­s de mais de 120,6 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.722 pessoas dos 815.570 casos de infecção confirmado­s, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

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