Jornal de Angola

Angolanos mandam para o país 8,2 milhões de euros

Portuguese­s enviaram 245,3 milhões de euros (182,9 mil milhões de kwanzas), representa­ndo uma queda de 1,1 por cento em relação a 2019, segundo dados do Banco de Portugal

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As remessas dos angolanos a trabalhar em Portugal caíram 12 por cento no ano passado, para 8,2 milhões de euros (6,1 mil milhões de kwanzas), enquanto os portuguese­s em Angola enviaram 245,3 milhões (182,9 mil milhões de kwanzas), uma queda de 1,1 por cento em relação a 2019, segundo dados do Banco de Portugal.

De acordo com os dados consultado­s, na terça-feira, pela Agência Lusa, os trabalhado­res angolanos em Portugal enviaram 9,35 milhões de euros em 2019 (6,9 mil milhões de kwanzas), um valor que desceu 12 por cento para 8,22 milhões de euros no ano passado, um ano caracteriz­ado pelo forte abrandamen­to económico motivado pela pandemia de Covid-19.

Em sentido inverso, os portuguese­s a trabalhar em Angola enviaram 245,3 milhões de euros no ano passado para Portugal, o que representa uma descida de 1,1 por cento face aos 248,3 milhões (185,1 mil milhões) enviados em 2019.

Como é habitual, os dados do Banco de Portugal para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) só explicitam os números de Angola, mas a relação mantém-se próxima.

Assim, os portuguese­s a trabalhar nos PALOP enviaram 253,1 milhões de euros no ano passado (188,7 mil milhões de kwanzas), o que representa uma quebra de 1,3 por cento face aos 256,5 milhões (191,2 mil milhões) enviados em 2019.

Já os africanos lusófonos a trabalhar em Portugal remeteram para os respectivo­s países de origem 35,7 milhões de euros durante 2020 (26,6 mil milhões de kwanzas), um valor que é 8,9 por cento menor que os 39,2 milhões (29,2 mil milhões) enviados no ano anterior.

A nível global, as remessas dos emigrantes portuguese­s caíram 1,3 por cento no ano passado face a 2019, para 3.612,8 milhões de euros (2,6 biliões de kwanzas), descendo pela primeira vez desde pelo menos 2010, de acordo com os dados do Banco de Portugal.

Segundo a mesma fonte, a redução no valor das remessas em 2020 para 3.612,8 milhões acontece pela primeira vez desde, pelo menos, 2010, ano em que os emigrantes enviaram 2.425 milhões de euros (1,8 bilião de kwanzas) para Portugal, mas acima do valor registado em 2018, quando foram remetidos 3.604 milhões de euros (2,68 biliões de kwanzas) pelos trabalhado­res portuguese­s no estrangeir­o.

Segundo os números do regulador e supervisor financeiro, disponívei­s na página na Internet do banco, os emigrantes portuguese­s enviaram para o seu país de origem 335,6 milhões de euros (250,2 mil milhões de kwanzas) em Dezembro do ano passado, o que representa uma quebra de 4,3 por cento, não havendo uma tendência definida relativame­nte a quedas ou subidas em 2020 face a 2019.

Os dados relativos a Dezembro de 2020, os últimos disponívei­s, mostram que as remessas enviadas para Portugal desceram de 351 milhões de euros (261,7 mil milhões), em Dezembro de 2019, para 335,6 milhões no último mês do ano passado, marcado pelo forte abrandamen­to da actividade económica decorrente da pandemia da Covid-19.

Os africanos lusófonos a trabalhare­m em Portugal remeteram para os respectivo­s países de origem 35,7 milhões de euros durante 2020, um valor que é 8,9 por cento menor que os 39,2 milhões do ano anterior

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Há um fosso bastante alto nas remessas enviadas por angolanos em relação aos portuguese­s

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