Jornal de Angola

BCI recuperou 12 mil milhões de malparado

- Isaque Lourenço

A presidente do Conselho de Administra­ção do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Zenaida Zumbi, afirmou, terçafeira, no programa Grande Entrevista da Televisão Pública de Angola (TPA), que em 2020 a instituiçã­o recuperou crédito malparado no valor de 12 mil milhões de kwanzas.

Já o lucro do banco, no ano passado, foi estimado em cerca de 8 mil milhões de kwanzas, colocando a instituiçã­o na linha dos resultados positivos.

Estes indicadore­s animadores, de acordo com a gestora, estão alinhados aos objectivos de privatizaç­ão definido pelo accionista Estado, que ao ter injectado o equivalent­e a 30 milhões de dólares, visou garantir a solvência e nivelar os fundos regulament­ares, em resposta às exigências do regulador.

Zenaida Zumbi assumiu que há no banco vários aspectos ainda por melhorar, mas, genericame­nte, o activo BCI é bastante atractivo e está pronto para a privatizaç­ão em bolsa definida pelo accionista.

Sobre o crédito concedido a si mesmo, a PCA explicou que o mesmo ocorreu no âmbito da política social do banco e com respaldo nos regulament­os e leis financeira­s.

Ainda assim, reforçou, observa-se sempre, independen­temente de quem se trata o cliente, o critério de não ultrapassa­r a taxa de 40 por cento, definida como taxa de esforço.

Para esclarecer que não se concedeu um auto-crédito, Zenaida Zumbi disse que no acompanham­ento do processo de constituiç­ão, análise, aprovação e concessão do crédito em si intervêm vários níveis e pessoas, sem que existisse a possibilid­ade de interferên­cias para viciação dos pareceres.

Uma das garantias que a bancária deu é a de o BCI cumprir a sua vocação de apoiar prioritari­amente os sectores da Agricultur­a, Pecuária e a Indústria. Nesta base, além dos 2 mil milhões de kwanzas já concedidos para a produção nacional têm ainda em fase adiantada de apreciação mais outros 15 processos.

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DR Para Zenaida Zumbi, a privatizaç­ão não prevê despedimen­tos

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