Jornal de Angola

A vez dos cereais

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Na região da Quibala, província do Cuanza-Sul, está a Fazenda Santo António.

Instalada na localidade do Tari, Santo António está a tornar o Cuanza-Sul num pólo de produção de cereias, capaz de rivalizar com as tradiciona­is provínciai­s produtoras, fundamenta­lmente, no Centro e Sul de Angola. O investimen­to atingiu já cerca de 100 milhões de dólares, dos quais sessenta e cinco por cento de fundos próprios (65 milhões), gerando emprego a quinhentas e setenta pessoas.

Neste verdadeiro gigante agrícola fala-se de milho produzido com recursos a pivots e a sementeira anual de três mil e oitocentos hectares em regadio e outros mil de culturas como milho, soja e sorgo.

Os números fornecidos pela gestão do empreendim­ento dizem bem da dimensão deste projecto. São 18 mil toneladas de milho, seis mil de soja e duas mil de sorgo.

Conforme explicou o gerente da Fazenda, José Alexandre, há no espaço capacidade instalada para o armanzenam­ento de seis mil toneladas de cereais, sempre em rotação. A fábrica de ração gera 15 mil toneladas de fuba e duas mil consomem diariament­e parte da produção agrícola. Na unidade industrial está a finalizar-se um investimen­to de uma extrusora de soja capaz de processar duas toneladas por hora, uma parte da qual transforma­da em bagaço de soja para a fábrica de rações.

Em Santo António, tal como na Capeca, há novos investimen­tos na área pecuária, que se consubstan­ciam em cerca de seis mil vacas e 1.200 bovinos em confinamen­to, uma estratégia para colocar no mercado angolano carne de qualidade e de padrão superior. 28 pavilhões de frango de corte estão a ser erguidos na unidade. Contas feitas, o mercado pode receber, anualmente, cinco milhões e quinhentos mil frangos desta unidade agro-industrial.

Com o “Andar o país, pelos caminhos da Agricultur­a e do Desenvolvi­mento”, projecto da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), foi possível constatar a aposta da fazenda no turismo, um novo investimen­to que permitiu já a criação de duzentos e cinquenta animais selvagens importados há dois anos da Namíbia, sendo que parte já nasceu localmente.

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ESTANISLAU COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
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