Clientes devem milhões
Fazendo
um balanço geral, o director do Centro de Distribuição da ENDE contabilizou prejuízos de mais de 554 mil milhões de Kwanzas, apenas em furtos de equipamentos eléctricos. A violação de contadores de 4.320 clientes causou perdas de 155.520.000.00 Kwanzas. O roubo de 12.620 metros de cabo representou menos 9.879.230.02, a vandalização de 14 armários resultou prejuízos de 4.646.608.82 e o furto de 285 fusíveis deu prejuízo de 9.111.102.30.
Lauro Fortunato revelou que clientes, entre instituições públicas, empresas privadas e pessoas individuais, devem um total de seis mil milhões de Kwanzas. Destacando que as primeiras devem 299.894.347.60, as empresas privadas 385.496.211.11 e os particulares mais de cinco mil milhões de Kwanzas. Pelo consumo ilegal de 32.400.000 KWH, a ENDE perdeu, até ao momento, mais de 374 milhões de Kwanzas.
Torres de alta tensão afectadas
As torres de alta tensão, no percurso Matala-Lubango, também foram alvo de vandalização, informou o director Regional Sul da Rede Nacional de Transporte (RNT).
Júlio Job, que adiantou que toda a cadeia de energia eléctrica ficou afectada.
“Regista-se também vandalismo nas torres de alta tensão, no percurso Matala-Lubango, onde foram retirados ferros para fazer portas e janelas, o que periga a estabilidade das torres”, denunciou.
A fonte disse ainda que a Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL), também vive o mesmo problema, inclusive já foram furtados os lubrificantes para o fornecimento das centrais. “O fornecimento de energia eléctrica, na Huíla, é crítico”, reconheceu, salientando que actualmente o consumo está fixado em 73 Megawatts, mas face à paralisação da Central da Matala para reabilitação, só são fornecidos 48,5 megawatts.
No âmbito da implementação do novo Código Penal que entrou em vigor no dia 11 de Fevereiro do ano em curso, a direcção da Empresa Nacional de Distribuição de Energia Eléctrica (ENDE, ), com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e o Comando Provincial da Polícia Nacional da Huíla, realizou no princípio da semana, um encontro com os líderes comunitários e administradores de bairros do município do Lubango.
O acto visou mostrar as penalizações para o crime de vandalismo da rede eléctrica. O procurador-geral da República junto do Serviço de Investigação Criminal, Dorivaldo Domingos, ao fazer o enquadramento jurídico da prática do furto de cabos eléctricos, violação dos contadores pré-pagos, furto de energia eléctrica (ligações ilegais), informou que os autores destes males podem ser condenados a penas de três a 8 anos de prisão, dependendo da gravidade.
Dorivaldo Domingos aconselhou os administradores e coordenadores dos bairros a sensibilizarem os moradores a evitar tais práticas, sob pena de sofrerem as consequências jurídicas.
Sobre os furto de energia, água e de outros meios, o procurador avisou que quem utilizar qualquer meio clandestino ou ilícito e subtrair da rede de distribuição energia eléctrica ou qualquer outra forma de energia com valor económico, será punido, nos termos dos artigos 392º e 393º.
Frisou que são equiparados a energia os serviços de telefonia e Internet, gás ou a água ou fluido, subtraídosdecondutasouinstalação de redes de fornecimento e distribuição pública.
O procurador-geral da República junto do Serviço de Investigação Criminal salientou que, com a mesma pena será castigado quem subtrair equipamentos, recursos, acessórios e demais meios de instalação eléctrica ou de rede de distribuição.
“Regista-se também vandalismo nas torres de alta tensão, no percurso Matala-Lubango, onde foram retirados ferros para fazer portas e janelas, o que periga a estabilidade das torres”, denunciou