Nicolas Sarkozy é novamente julgado
O julgamento do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy, no ‘Caso Bygmalion’, começou ontem no Tribunal Criminal de Paris, embora na ausência do réu.
Duas semanas depois de ser condenado à prisão por corrupção, Sarkozy é agora julgado sob a acusação de “financiamento ilegal de campanha” em 2012.
No entanto, refere a agência France-Presse (AFP), há uma forte possibilidade de o julgamento ser adiado, uma vez que o advogado de Jérôme Lavrilleux, um dos 13 coréus, está hospitalizado, tendo sido feito um pedido de adiamento do julgamento.
Jérôme Lavrilleux, exdirector adjunto da campanha de Sarkozy, foi o primeiro a confessar ter participado num vasto golpe com base em facturas falsas, despesas desvalorizadas e despesas voluntariamente omitidas das contas submetidas ao controlo final. Sem advogado, chegou ao tribunal sem ninguém o cumprimentar.
Os advogados dos 14 réus - antigos executivos da Bygmalion e membros da União para um Movimento Popular (UMP, actual ‘Os Republicanos’, conservador) - juntaram-se ao pedido de adiamento face à ausência de um deles, tudo indicando que o Ministério Público, refere a AFP, não se deverá opor.
Nesse caso, o julgamento deverá ser adiado para Maio.
Sarkozy, afastado da política desde 2016, continua muito popular e muito apoiado à direita, onde nenhuma figura se tem destacado para representar os republicanos conservadores nas urnas.
Embora visto por alguma direita como um possível candidato às eleições presidenciais de 2022, o exPresidente francês foi, a 1 deste mês, condenado a três anos de prisão, um dos quais efectivo, por corrupção e tráfico de influência no chamado ‘Caso das Escutas’.
No novo julgamento, Sarkozy enfrenta uma pena de até um ano de prisão e uma multa de 3.750 euros, por “financiamento ilegal da campanha eleitoral”.